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“Até uma criança aguentava” os murros que levaram à morte de João “Rafeiro”

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João "Rafeiro" Carvalho, lutador português de MMA, morreu em Dublin, na Irlanda

João “Rafeiro” Carvalho, lutador português de MMA, morreu em Dublin, na Irlanda

O lutador que enfrentou o português João “Rafeiro” Carvalho, no combate de MMA que antecedeu a sua morte, diz que até “uma criança aguentava” os murros que lhe desferiu. Revelação feita pelo pai de Charlie Ward, numa altura, em que há vários apelos para banir o desporto.

Charles Ward Sénior, o pai do lutador que derrotou João “Rafeiro” Carvalho, no combate de MMA que antecedeu a sua morte, diz que o filho está destroçado e que “não queria matar ninguém”.

“Charles disse-me que de forma nenhuma lhe estava a bater com força no último round, ele sabia que o tinha vencido”, frisa o pai do lutador em declarações à irlandesa RTÉ Radio 1, notando que o filho lhe disse que até “uma criança aguentava” os murros.

“Ele foi para ganhar a sua luta, mas o árbitro poderia ter intervido um pouco mais rápido“, constata ainda, indo ao encontro da ideia já defendida pelo campeão de MMA, o irlandês Conor McGregor, da mesma equipa de Charlie Ward, que disse que o homem do apito poderia ter agido mais depressa.

Entretanto, a morte do lutador português, depois de ter sido operado de emergência ao cérebro, está a despoletar a discussão pública em torno do MMA na Irlanda.

O desporto não é reconhecido como tal no país e o Ministro do Desporto, Michael Ring, frisa que não vai “lavar as mãos do problema” e que é importante “regular” o MMA, segundo declarações divulgadas pelo The Irish Times.

Mas há cada vez mais pessoas que defendem pura e simplesmente que é preciso banir o MMA, como é o caso do director do Instituto Neurológico de Dublin, Tim Lynch, que fala de um “desporto bastante agressivo”.

“Qualquer desporto que envolva bater deliberadamente na cabeça e espancar as pessoas precisa de ser questionado e precisamos de perguntar se isto está certo. Por isso, de uma perspectiva pessoal, penso que este tipo de desportos não deveriam ser permitidos”, constata Tim Lynch no mesmo site.

“Não penso que o desporto vá desaparecer”, alerta porém o ministro do Desporto irlandês, até perante a fama de Conor McGregor que tem dado muita visibilidade ao MMA na Irlanda.

Por isso, Michael Ring frisa a importância de regular o desporto para que cumpra os “princípios de segurança” definidos para outras modalidades.

SV, ZAP

7 Comments

  1. As declarações deste senhor são contraditórias. Ora se afirma que até uma criança aguentava os golpes porque é que culpa o árbito por não agir mais rápido? Com certeza o árbito pensou que ele lhe está a fazer cócegas.

  2. “Qualquer desporto que envolva bater deliberadamente na cabeça e espancar as pessoas precisa de ser questionado e precisamos de perguntar se isto está certo”. neste caso vamos ter que banir o boxe, o judo (pode bater com a cabeça no tapete e pode-se aleijar) e outros desportos que tambem podem ser perigosos (o futebol porque uma pessoa pode levar uma grande bolada na cabeça e perder os sentidos). sabemos que mexendo com o cerebro, tudo é perigoso. resumindo: qualquer desporto pode ser perigoso.

    • Já deveria ter sido banido há muito, ou pelo menos, nunca se deveria ser considerado desporto…
      :
      A culpa da morte é apenas é só do lutador que morreu; isso nem sequer é discutível, mas, o pai do outro, merecia uns murros “de criança” para não dizer barbaridades!…

    • Ó Zé das Iscas…. das duas uma: ou não perecebeu nada do que leu, ou então está a comparar a “Estrada da Beira” com a “Beira da Estrada”…. intencional senhor, INTENCIONAL! DELIBERADAMENTE…. em todos os outros casos que refere que não são MMA e BOXE (i.e. Judo, Futebol, etc.) são acidentes….

  3. Declaração de um fanático não fosse o próprio”desporto” por si mesmo já apropriado para gente deste tipo, bani-lo será a melhor de todas as soluções porque por este andar atrás deste outro pior ainda virá, o ser humano é assim estúpido a esse ponto.

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