Ex-Presidente dos EUA vai pedir ao Parlamento estadual que altere a lei que recua a 1864 e proíbe quase todos os abortos. Dois dias depois de dizer que os Estados deviam decidir sobre o tema, diz considerar a decisão um exagero.
Dois dias depois de ter dito que os limites ao aborto deveriam ser deixados para os estados e ter-se recusado a endossar uma proibição nacional, após meses de mensagens contraditórias e especulações, o ex-presidente e candidato republicano Donald Trump disse esta quarta-feira que a lei do Arizona que criminaliza quase todos os abortos vai longe demais, pedindo ao Parlamento estadual que a altere.
A decisão do Supremo Tribunal do estado do Arizona, conhecida na terça-feira, abriu caminho para a violação ou incesto.
“Isso será resolvido e, como vocês sabem, é tudo uma questão de direito dos estados“, disse Trump, mostrando-se confiante de que o governo estadual do Arizona contribuirá para a solução do que o republicano considera ser um exagero.
O Supremo Tribunal do Arizona determinou nesta terça-feira que é aplicável uma lei de 1864 que proíbe quase todos os abortos, uma decisão simbólica com importantes implicações eleitorais neste estado-chave, a poucos meses das presidenciais.
Esta lei proíbe qualquer aborto desde o momento da conceção, a menos que a vida da mãe esteja em perigo. Violação ou incesto não são consideradas exceções válidas.
Trump está a enfrentar pressão política sobre o direito ao acesso ao aborto — que os seus adversários democratas esperam que seja uma questão decisiva nas eleições de novembro — depois de divulgar esta semana uma declaração em vídeo recusando-se a apoiar uma proibição nacional do aborto e dizendo que acredita que os limites devem ser deixados aos estados.
A declaração nesse vídeo irritou os conservadores religiosos e deu novos argumentos aos aliados do Presidente Joe Biden, que consideram o tema do direito ao aborto como uma das fraquezas políticas de Trump.
Trump considera que o acesso deve ser limitado, mas defende três exceções: em casos de violação, incesto e quando a vida da mãe está em risco.
O candidato republicano também comentou uma lei da Florida que proíbe o aborto após as seis semanas de gravidez, dizendo que provavelmente também a mudará, se vier a ser eleito para a Casa Branca.
“Ao longo de 52 anos, as pessoas quiseram acabar com Roe v. Wade [a lei de jurisprudência sobre o aborto], para devolver o poder aos estados. Nós fizemos isso. Foi uma coisa incrível, uma conquista incrível”, prometeu Trump, mostrando-se confiante de que também a situação na Florida seja alterada.
ZAP // Lusa
Mãos estranhas, estas…assim esticadas, no discurso…
Lembram-me alguém…. ah, já sei!
O Passos Coelho… se compararem aos mãos de ambos encontrarão nítidas semelhanças. Impressionante!