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Asteróide que matou os dinossauros criou sistema hidrotermal nove vezes maior do que Yellowstone

Chase Stone

O asteróide que dizimou os dinossauros da face da Terra criou uma província hidrotermal nove vezes maior do que a caldeira do supervulcão Yellowstone, localizado nos Estados Unidos, conclui um novo estudo agora divulgado.

De acordo com a nova investigação, o meteorito Chicxulub, que caiu na Península de Yucatán, no México, há cerca de 66 milhões de anos, matando os dinossauros e 75% das espécies à face da Terra, criou na região uma enorme província hidrotermal.

Uma equipa de cientistas descobriu agora vestígios de um antigo sistema de ventilação hidrotérmica sob a cratera deixada pelo Chicxulub.

Tal como frisa o portal IFL Science, esta cratera, que a maior bacia de impacto deixada na Terra, é uma boa “janela” de estudo para os geólogos.

O Programa Internacional de Descoberta dos Oceanos, conta o mesmo portal de Ciência, perfurou a cratera até uma profundidade de 1.335 metros, visando estudar como é que a crosta terrestre responde depois de ser atingida por um impacto desta natureza.

Os cientistas encontraram um sistema de fluídos vulcânicos quentes a circular a uma profundidade de pelo menos 700 metros, ultrapassando largamente as medições anteriores. A partir da composição das rochas, a equipa foi ainda capaz de reconstruir as condições de cratera após o impacto do meteorito.

As temperaturas devem ter atingido os 300ºC para permitir a dispersão de algumas substâncias pelo sistema, concluíram os cientistas no novo estudo, cujos resultados foram esta semana publicados na revista científica Science Advances.

Rochas ricas em ferro revelaram ainda mudanças no campo magnético da Terra, mostrando que foram necessários cerca de 2 milhões de anos para a crosta sob o pico central arrefecer até aos 90ºC, escreve ainda o IFL Science.

A maioria dos cientistas envolvidos nesta investigação participaram também num outro estudo revelado na semana passada que dá conta que o asteróide que dizimou os dinossauros atingiu a Terra no “mais mortífero ângulo possível”.

ZAP //

 

 

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