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Assédio sexual sem precedentes no Ano Novo também em Helsínquia

A polícia finlandesa anunciou esta quinta-feira ter havido um número anormalmente elevado de casos de assédio sexual em Helsínquia na noite da passagem de ano, e revelou que foi avisada sobre planos de grupos de requerentes de asilo para abusarem sexualmente de mulheres. 

“Não tem havido este tipo de abuso em passagens de ano anteriores, ou sequer noutras ocasiões… Este é um fenómeno completamente novo em Helsínquia”, afirmou o diretor-adjunto da polícia da capital da Finlândia, Ilkka Koskimaki.

Os seguranças contratados para patrulhar a cidade na noite da passagem de ano disseram à polícia que tinha havido “abuso sexual generalizado” numa praça central onde cerca de 20 mil pessoas se concentraram para o réveillon.

Três casos de agressão sexual ocorreram alegadamente na noite de 31 de dezembro, na estação ferroviária central de Helsínquia, onde se reuniram cerca de mil refugiados iraquianos.

“A polícia recebeu informação de três casos de agressão sexual, dos quais foram apresentados duas queixas”, apontou a polícia de Helsínqua em comunicado.

“Os suspeitos eram requerentes de asilo. Os três foram detidos no local e colocados sob custódia”, disse o diretor-adjunto da polícia da capital finlandesa, explicando que as autoridades tinham aumentado o nível de alerta “para um nível excecional” na cidade, naquela noite, depois de ter sido alertada para eventuais problemas.

Na cidade alemã de Colónia registaram-se mais de uma centena de abusos sexuais de mulheres, aparentemente coordenados, na noite da passagem de ano, incluindo duas queixas por violação.

A polícia de Colónia indicou ter recebido até hoje 120 queixas criminais e citou testemunhas, segundo as quais grupos de entre 20 e 30 homens jovens “que pareciam ser de origem árabe” tinham cercado as vítimas, abusado sexualmente delas e, em vários casos, tinham-nas também roubado.

Na cidade suíça de Zurique, foram também denunciados casos de agressão sexual de mulheres na última noite de 2015, e a polícia mencionou as semelhanças com os incidentes ocorridos em Colónia e noutras cidades alemãs.

Autoridades suíças registaram casos de agressões sexuais durante a noite de passagem de ano em menor número mas com semelhanças aos casos de aconteceram na Alemanha.

Várias mulheres denunciaram ter sido vítimas de agressões sexuais durante a noite de passagem do ano em Zurique, divulgou a polícia daquela cidade suíça, mencionando as semelhanças com os incidentes ocorridos em várias cidades alemãs.

“Várias queixas por roubos e agressões sexuais foram apresentadas”, indicaram as forças policiais de Zurique, num comunicado.

Cerca de 25 furtos foram relatados durante a noite de 31 de dezembro. Os festejos da passagem do ano reuniram cerca de 120 mil pessoas junto ao lago da cidade.

Durante a investigação relacionada com os roubos, a polícia descobriu que várias vítimas também tinham sido alvo de agressões e violência sexuais. Cerca de seis mulheres relataram que tinham sido cercadas e tocadas por “vários homens de pele escura”, que estavam entre a multidão de foliões.

“É um cenário quase idêntico” ao que se passou em Colónia e em outras cidades alemãs, referiu, em declarações à agência francesa AFP, o porta-voz da polícia, Margo Cortesi.

O representante da polícia de Zurique sublinhou, no entanto, que o número de vítimas não é comparável com as dezenas de mulheres em Colónia que alegam ter sido agredidas por migrantes.

A polícia de Zurique, que abriu um inquérito sobre os incidentes, pediu a colaboração de potenciais testemunhas, bem como apelou a outras possíveis vítimas para denunciarem as agressões.

As forças policiais indicaram que a maioria das queixas foi apresentada nas últimas 24 horas.

ZAP / Bom Dia

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