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Um dos maiores serial killers de sempre pode sair da prisão por bom comportamento

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Considerado um dos maiores assassinos em série de sempre, Luis Alfredo Garavito, foi preso em 1999 pelo homicídio de 186 jovens e violação de 200. Agora, poderá ser libertado por bom comportamento.

Quando foi condenado, a lei da Colômbia estabelecia uma pena máxima de 40 anos. Em 2006, Garavito, ou “A Besta”, como ficou conhecido, revelou o paradeiro dos cadáveres de alguns rapazes que assassinou, o criminoso viu a pena reduzida para 24 anos de cadeia.

Agora, que está a cumprir o 20º ano de cadeia, há a possibilidade de vir a sair da prisão mais cedo, por horas de estudo acumuladas na prisão e bom comportamento.

A notícia foi avançada pela rádio colombiana RCN, que teve acesso a uma carta enviada recentemente pela Procuradoria Geral colombiana à unidade de Crime Organizado da polícia nacional. Na carta, a Procuradoria colombiana está à procura de investigações pendentes e possíveis crimes de que Luis Garavito não tenha ainda sido acusado, que possam estender a pena do recluso.

As leis na Colômbia não só já não permitem que haja uma redução de pena em casos de homicídios em série e violação de menores, como viabilizam penas mais alargadas, que podem ir até à prisão perpétua. Os meios locais confirmaram que a intenção das autoridades judiciais é encontrar crimes que possam estender a pena, impedindo que o Garavito fique em liberdade.

A decisão de atribuir liberdade condicional ao homicida colombiano passa, numa primeira instância, por um juiz de execução de penas da prisão de Valledupar, onde Garavito está atualmente detido, refere o Observador. Para a decisão ser tomada, contudo, tem de haver um pedido de liberdade condicional por parte de Garavito ou dos seus advogados.

O juiz de Valledupar terá de avaliar se o condenado cumpriu três quintos dos 24 anos e   o modo como o cumpriu. Por outras palavras, será preciso perceber como Garavito se comportou na prisão e se mostrou sinais de arrependimento e vontade de voltar a ser reintegrado na sociedade civil, sem colocar em perigo mais pessoas.

As famílias dos rapazes violados e assassinados pelo homem estão indignadas. “Defendo que as pessoas podem mudar, mas ele nunca mostrou nada, nunca pediu perdão e nunca contou a verdade. Continua a roubar as famílias das crianças que foram vítimas dele”, disse Elizabeth Marín, tia de um rapaz assassinada, citada pelo Diario del Cauca.

https://twitter.com/underscoreella/status/965239246817779712

Os crimes da “Besta”

As violações e homicídios cometidos por Luis Garavito aconteceram durante apenas 7 anos, quase todas na Colômbia, em 11 dos 32 condados do país. Apenas dois dos quase 200 homicídios aconteceram fora de território colombiano, no Equador.

De acordo com o jornal espanhol ABC, tudo começava com um reconhecimento dos alvos. Garavito procurava rapazes entre os 8 e 16 anos, de classes baixas, em parques infantis, ringues desportivos, terminais de autocarros, mercados e bairros marginais.

Quando via os alvos sozinhos, dirigia-se a eles. Oferecia-lhes dinheiro, em troca de companhia para um passeio. Quando os rapazes se cansavam, Garavito bebia álcool, habitualmente brandy. Já embriagado, atacava-os em zonas isoladas.

Vendo-os desprotegidos, o homem amarrava-os e agredia-os. Dava-lhes pontapés no estômago, no peito, nas costas e na cara. Partia-lhes as mãos com pisadelas, dava-lhes socos nos rins e saltava em cima delas para lhes partir as costelas. Por fim, tirava uma faca e uma chave de fendas para os mutilar. Algumas vítimas eram violadas. O clímax do violador era atingido quando degolava os rapazes. No fim do crime, abandonava as vítimas em descampados.

ZAP //

8 Comments

  1. Há a possibilidade de sair da prisão mais cedo e de assassinar mais uns quantos. Onde é que ele se tem portado bem? Na choldra? É deixá-lo lá estar.

  2. O Clayton bem que lhe podia dar alojamento temporariamente, logo que o energúmeno saia da prisão. Ou será que tem medo…?

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