A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apreendeu, nesta terça-feira, o livro “As Gémeas Marotas” na biblioteca municipal dos Olivais, em Lisboa. O caso foi denunciado nas redes sociais e já confirmado pela ASAE que não avança explicações quanto ao motivo da apreensão.
“As Gémeas Marotas” é um livro ilustrado controverso, dados o seu conteúdo sexual e as imagens infantis, que foi lançado em Portugal em 1970, e reeditado em 2012.
A obra é uma paródia erótica da história infantil da personagem Miffy, uma pequena coelha branca que foi criada pelo autor holandês Dick Bruna que morreu em 2017, aos 89 anos de idade.
Assinada pelo pseudónimo Brick Duna, num jogo de palavras evidente com o autor original de Miffy, a obra “não consta do catálogo de nenhuma editora nacional” e só estará disponível em Portugal, segundo apurou o Expresso. Presume-se, assim, que seja de um autor português.
A obra de conteúdo sexual e erótico faz parte do catálogo de livros das Bibliotecas de Lisboa e estava localizada na secção “Ficção Adultos”. O Expresso nota que a Biblioteca dos Olivais era a única que tinha o livro que foi apreendido pela ASAE na terça-feira, segundo a denúncia que surgiu nas redes sociais.
A apreensão foi confirmada ao Expresso pela ASAE que não avança, contudo, justificações para a medida. Há rumores de que pode ter sido motivada por uma denúncia da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) devido a questões relacionadas com os direitos de autor.
Contactada pelo Expresso, a editora responsável pela publicação dos livros da Miffy em Portugal, a ASA, assegura que não apresentou qualquer queixa, realçando que “nem tinha conhecimento da existência” do livro.
Entretanto, pelas redes sociais há várias críticas à obra por se considerar que incentiva crianças a iniciarem a vida sexual e que faz a “apologia da pedofilia”.
“As Garotas Marotas” já estiveram envolvidas numa polémica no Brasil, no âmbito da Bienal do Rio de Janeiro, depois de terem surgido rumores de que o livro estaria a ser vendido a crianças. Veio depois a descobrir-se que as imagens que tinham sido divulgadas nas redes sociais para ilustrar essa alegada venda eram de uma feira do livro em Portugal. A obra nunca terá estado à venda no Brasil.
O livro também deu que falar noutros países, nomeadamente em Itália, com as imagens divulgadas a serem da edição portuguesa do livro. Presume-se que a obra seja de autor português, só não se sabe quem ele é.
Se a ASAE apreendeu o livro por uma questão de censura, fez muito bem. Como é que as editoras conseguem publicar este tipo de coisas?
Tem de se proteger e respeitar os direitos das crianças, e não deixá-las à mercê das mentes perversas de alguns adultos.
O quê?
Mas quais crianças?
O que tem de proteger é o mundo – de gente como limitada tu!…
Caro senhor, ou senhora, Eu!, peço desculpa mas não consegui entender a sua resposta relativa ao meu comentário.
É curioso!
Um livro com ilustração e grafia infantil estava na secção “Ficção Adultos”. Será um livro para dar ânimo à imaginação dos adultos ou será uma história para os crescidos contarem aos pequenitos?