“As pessoas estão a perder a esperança na IL”

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CM Porto

Tiago Mayan Gonçalves

Tiago Mayan Gonçalves, presidente da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde e ex-candidato presidencial

Pessoas que têm vindo a sair são “muito difíceis de substituir”, lembra Tiago Mayan. E o ex-candidato à liderança da IL José Cardoso lamenta que o partido “não tenha espaço para pessoas de diferentes sensibilidades e tendências”.

Atual presidente da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, Tiago Mayan mostrou-se preocupado com as recentes desfiliações da Iniciativa Liberal (IL) e pediu à direção para refletir após as eleições legislativas agendadas para 10 de março.

Para o ex-candidato à presidência da República, a recente saída da deputada Carla Castro do partido, decisão tomada num contexto de afastamento e divergências do partido, é o “sintoma mais visível” do problema.

“Não vou fazer uma formulação genérica sobre as razões das pessoas que saem da Iniciativa Liberal porque cada uma terá as suas, mas, numa análise subjetiva, o que está a acontecer é que as pessoas estão a perder a esperança neste partido. Já numa análise mais objetiva, isto é a demonstração de uma comissão executiva que não está a ter a capacidade de agregar essas pessoas”, disse ao Público este sábado.

Mayan sublinha ainda que as “capacidades e das competências das pessoas que têm vindo a sair e que são muito difíceis de substituir” e que as “pessoas não são números”, quando enfrentado pelo argumento da comissão executiva de que “entram muito mais pessoas do que saem”.

José Cardoso, ex-candidato à liderança da IL que se afastou do partido há menos de um mês, lamenta que o partido “não tenha espaço para pessoas de diferentes sensibilidades e tendências”.

Recorde-se que em novembro, de uma só vez, saíram 25 elementos da Iniciativa Liberal: “Não foi isto que nos prometeram”, explicaram candidatos e conselheiros.

Os ex-conselheiros nacionais e candidatos autárquicos alegam que, em 2019, ano em que houve eleições europeias e legislativas, a IL não era assim.

Agora é uma “caricatura” do que prometia na altura e transformou-se num “partido do regime, sem rasgo nem ambição”, cita o Diário de Notícias.

Alegam também que há “favorecimento de candidatos à liderança da IL, desde logo através da máquina do partido”.

ZAP //

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