Em 2023, os acidentes nas linhas ferroviárias voltaram a crescer – com grande parte deles a acontecer em passagens de nível. O plano nacional para eliminar estas estruturas continua em “marcha lenta”.
O número de acidentes (36) e mortes (21) nas linhas de comboio voltou a subir em 2023.
De acordo com a Infraestruturas de Portugal (IP), 81% dos acidentes são alheios a falhas do sistémica ferroviário.
A invasão de pessoas e carros – nomeadamente nas passagens de nível – são os principais responsáveis para o aumento dos números.
Como detalha o Jornal de Notícias (JN), no ano passado, houve 22 acidentes em passagens de nível: dos quais 17 foram colisões e cinco atropelamentos.
O matutino refere ainda que, em 2023, morreram 21 pessoas em linhas de comboio – mais nove do que no ano anterior.
13 dessas mortes resultaram da invasão do espaço ferroviário; nos restantes oito casos a passagem de nível não foi respeitada.
Desde 2013, já foram eliminadas 67 passagens de nível. No entanto, este número está ainda muito aquém do que está previsto.
Em Portugal, ainda há 810 passagens de nível.
Como expõe o Jornal de Notícias, das 810 passagens de nível ainda existentes, 481 estão protegidas com guarda ou com sinalização automática. As restantes (quase metade) não têm qualquer proteção.
No entanto, dos 22 acidentes em passagens de nível, no ano passado, 12 foram em locais com sinalização.