O FC Porto voltou a somar um resultado folgado no campeonato ao bater por 4-0 o Arouca.
Numa partida de sentido único, os “dragões” colocaram-se em vantagem logo aos 15 minutos e nem sequer tiveram de pressionar muito para marcarem os restantes golos, que acabaram por acontecer de forma natural, com Soares a apontar o seu terceiro “bis” pelos “azuis-e-brancos”.
O “dragão” assume a liderança à condição, devolvendo a “bomba” da pressão ao Benfica.
O Jogo explicado em Números
- A partida começou a um ritmo bastante lento, de tal forma que o primeiro sinal de perigo surgiu só aos 15 minutos, tendo, no entanto, resultado no primeiro golo da noite, por intermédio de Danilo Pereira, que surgiu por entre os centrais arouquenses a cabecear para o fundo da baliza, depois de um livre batido por Brahimi.
- Aos 18 minutos, Soares falhou de forma incrível o 2-0, acertando no poste no um-para-um com Bracali, depois de mais um magnífico passe de Brahimi. Pouco depois, o avançado brasileiro acabaria por redimir-se ao dar, de cabeça, o melhor seguimento a uma bola habilmente colocada por Óliver Torres no meio dos centrais arouquenses.
- Volvidos 30 minutos, o domínio do FC Porto era claro em diversas frentes: os “dragões” dominavam a posse (66%-34%), tratavam a bola bem melhor (eficácia de passe de 85% contra 65% do Arouca) e eram os únicos com remates à baliza. De salientar a exibição segura de Marcano (15 passes certos em outros tantos tentados e 100% de duelos ganhos) e a primazia dada pelo FC Porto ao flanco esquerdo, do qual partia exactamente metade dos ataques dos “azuis-e-brancos”, que procuravam tirar partida do bom momento de Brahimi.
- Apesar dos dois golos de desvantagem, o Arouca não baixou os braços e carregou no acelerador, terminando a primeira parte com cinco remates – os mesmos do FC Porto –, embora nem por uma vez tenha obrigado Casillas a aplicar-se.
- Volvidos 45 minutos, era Danilo Pereira quem liderava – e por larga margem – os GoalPoint Ratings, com 6.9. O médio português dava nas vistas não só pelo golo apontado, o seu terceiro da época, como também nas tarefas defensivas, com sete duelos aéreos disputados e cinco recuperações de posse. Mais atrás, com 6.1, surgia Brahimi, que já conseguira três passes para ocasião, um deles resultante em assistência, e 42 toques – em ambos os casos máximos portistas.
- Fraco espectáculo nos primeiros 20 minutos do reatamento, período em que não houve nenhum remate a assinalar. O Arouca mostrava não ter argumentos para incomodar Casillas, enquanto o FC Porto parecia contente com a vantagem conseguida.
- A primeira mexida na equipa por parte de Nuno Espírito Santo, com a entrada de Diogo Jota para o lugar de André Silva, acabou por “agitar” o jogo. Menos de um minuto depois de entrar em campo, o camisola 19 portista rematou, de forma atabalhoada mas eficaz, para o fundo da baliza, numa jogada que começou com uma boa triangulação entre Brahimi e Soares.
- Ainda antes do apito final houve tempo para mais um golo de Soares, desta vez a passe de Maxi Pereira, afirmando-se como o máximo carrasco da equipa arouquense, que nunca conseguiu importunar o guarda-redes portista, terminando o desafio sem ter feito um único remate enquadrado e com apenas 38% de posse de bola.
O Homem do Jogo
Noite em grande para Maxi Pereira, apesar de não ter faturado. O lateral-direito uruguaio, regressado após castigo, teve um papel determinante no ataque portista, somando três passes para ocasião (um deles resultante em assistência), duas ocasiões flagrantes criadas e dois cruzamentos eficazes. Maxi Pereira, que ainda realizou seis alívios, terminou a noite com um GoalPoint Rating de 7.5.
Jogadores em foco
- Danilo Pereira 7.4 – Terminou o desafio logo atrás de Maxi Pereira. Venceu metade dos dez duelos que disputou, marcou um golo, acertou 50 dos 56 passes que fez e conseguiu seis intercepções. Uma exibição segura, à sua imagem.
- Brahimi 6.9 – Ditou o ritmo de jogo, especialmente durante o primeiro tempo. Criou duas ocasiões flagrantes, fez quatro passes para ocasião e foi feliz em sete dos dez tribles que tentou realizar. Merecia um golo mas nem rematou, só ofereceu.
- Soares 6.3 – Foi o máximo goleador da noite, é certo, mas falhou também duas ocasiões flagrantes e voltou a dar nas vistas pelo número de faltas cometidas, cinco.
- Crivellaro 5.4 – Somou dois passes para ocasião e somou 25 passes no meio-campo adversário nos 54 minutos em que esteve em campo. Acabou substituído, para surpresa de muitos.
- André Santos 4.0 – Exibição desastrada do médio português. Perdeu a bola dez vezes, venceu apenas metade dos seis duelos que disputou e realizou apenas cinco acções defensivas.
Resumo
// Goalpoint