Soldados argentinos foram submetidos a abusos e torturas pelos seus próprios superiores, durante a guerra das Malvinas contra a Grã-Bretanha em 1982, revelam documentos agora libertados pelas Forças Armadas da Argentina.
Depoimentos de soldados argentinos relatam ter sido espancados por oficiais durante a guerra das Malvinas por terem deixado as trincheiras em busca de comida.
Durante anos, veteranos de guerra argentinos denunciaram ter vivido condições terríveis durante o conflito, incluindo a ausência de calçado e fardamento apropriado em situações de frio intenso, afirma o correspondente da BBC em Buenos Aires, Ignacio de los Reyes.
É a primeira vez que documentos oficiais com estas revelações são trazidos a público.
Os documentos, até agora secretos, descrevem ameaças de execução e soldados a ser amarrados dentro de covas vazias.
Um tenente relata que um outro oficial lhe amarrou as mãos e pernas às costas e o deixou durante mais de oito horas com o rosto na areia molhada de uma praia gelada das Malvinas.
Um sargento relata que teve de ser operado depois de ter sido pontapeado nos testículos.
“Estes documentos levantam a cortina sobre factos que foram escondidos durante muitos anos pelas Forças Armadas argentinas”, diz Ernesto Alonso, membro de um grupo de veteranos de La Plata.
Exercício de colonialismo
A guerra das ilhas Malvinas, ou Falklands, na nomeação oficial britânica, começou em abril de 1982, quando tropas da Argentina invadiram o território ultramarino britânico.
Uma força expedicionária britânica foi enviada às ilhas e retomou o seu controlo em junho.
O conflito durou 74 dias e deixou mais de 900 mortos. Três cidadãos das ilhas e 255 militares britânicos morreram no conflito.
O número de argentinos mortos é estimado em cerca de 650.
A derrota da Argentina precipitou o fim da brutal ditadura militar no país, que já enfrentava problemas económicos graves e falta de apoio popular.
Apesar de a invasão ter sido alvo de críticas generalizadas na Argentina, muitos cidadãos continuam a reivindicar a posse das ilhas.
A presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, já descreveu a presença britânica como um “flagrante exercício de colonialismo do século XIX“.
O governo britânico diz que defenderá a autodeterminação dos habitantes das ilhas.
A maioria esmagadora dos moradores das Malvinas votou em março de 2013 pela manutenção do status de território britânico.
Actualmente, cerca de 2,9 mil pessoas vivem nas ilhas.
ZAP / BBC
Os covardes dos militares argentinos só são valentes contra os fracos. Contra verdadeiros homens (os soldados ingleses) até se b0rraram.
Com que então verdadeiros homens são os soldados ingleses? Vc , até pelo nome que ostenta, deve ser um herói
Como leitor assíduo, sugiro que melhorarem o português das vossas notícias. Usem a palavra “controlo” e não “controle”! Não precisamos de galicismos. E escrevam “2900” e não “2,9 mil” pessoas. “2,9 mil pessoas” lê-se: duas unidades e nove décimas de mil pessoas.
A guerra das Falkland (Malvinas) foi uma das últimas guerras entre países modernos e ditos civilizados. É evidente que o RU tem uma lei para si e outra para os outros países – caso por exemplo de Gibraltar….
Para todos os efeitos, nada justifica uma invasão à má-fé e que levou ao exercício do poder bruto e força desmesurada na respectiva retaliação.
Acredito piamente que o RU também o fez porque teve o apoio encapotado dos USA…..
Apoio encapotado? Totalmente assumido! Nunca o esconderam, visto à luz da Lei internacional as Malvinas são território britânico, após os argentinos terem hesitado e abandonado as ilhas no século XIX! É que os ingleses não como os portugueses que abandonam tudo ou desistem por esta ou aquela palha!