Árbitros vão explicar decisões do VAR a todos e em tempo real no estádio

Fernando Veludo / Lusa

Fiscais vão explicar, para toda a gente ouvir no estádio, as decisões que tomem relacionadas com o VAR. FIFA autorizou a FPF e o Conselho de Arbitragem a testarem a transmissão.

O Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) recebeu autorização para explicar em tempo real decisões do árbitro com recurso ao videoárbitro (VAR), disse hoje à Lusa fonte ligada ao processo.

Segundo a mesma fonte, a autorização da FIFA e do International Board (IFAB) vai permitir que um árbitro possa explicar no estádio, em tempo real, uma decisão factual que tenha tomado, através de um sistema sonoro, como por exemplo o caso de um lance de falta dentro ou fora da área, ou um fora de jogo.

Por outras palavras, será o árbitro principal a comunicar os porquês das suas decisões em lances que o VAR intervenha. Isto inclui qualquer situação prevista no protocolo do VAR e não só aquelas em que o juiz principal se dirige ao ecrã de consulta de imagens.

Este sistema já existe noutras modalidades, como o râguebi, e já foi testado pela FIFA em competições como o Mundial feminino de 2023.

A autorização da FIFA e do IFAB permite que Portugal seja um dos pioneiros a avançar para uma fase de testes a este sistema, não sendo ainda certo quando é que se vai iniciar. Já em Em 2016/17, o futebol português foi um dos seis escolhidos para iniciar testes com o vídeo-árbitro.

Desde setembro de 2023, as comunicações entre árbitros e videoárbitros (VAR) dos jogos da I Liga portuguesa de futebol passaram a ser feitas através de um programa televisivo mensal.

Antes, em 24 de julho, o CA da FPF tinha defendido a divulgação das comunicações para “um objetivo pedagógico, na linha do que sempre considerou ser a prática adequada”, anunciando, então, que: “Na época que agora se inicia, o CA divulgará, uma vez por mês, os áudios das conversas entre árbitros de campo e VAR em todos os lances avaliados no ecrã disponível no relvado”.

“O CA é da opinião que a divulgação de áudios auxilia a total compreensão da função de arbitrar”, defendeu o órgão liderado por José Fontela Gomes.

ZAP // Lusa

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