Ao forçar as formigas a estarem em ambientes cada vez mais congestionados, os cientistas estudaram como é que estas criaturas evitam o trânsito.
Segundo o IFLScience, Laure-Anne Poissonnier, da Universidade de Toulouse, em França, decidiu levar a cabo um experimento com colónias de formigas argentinas (Linepithema humile) com cerca de 400 a 25.600 membros.
A cientista colocou comida numa ponte dessas colónias, tendo alterado a sua largura para criar 170 combinações e assim testar a resposta destes animais às mudanças de circunstâncias.
Os resultados mostraram que, apesar dos seus cérebros minúsculos (ou talvez precisamente por causa disso), as formigas são muito melhores do que nós a movimentarem-se no meio da multidão.
O fluxo de trânsito foi mantido mesmo quando 80% da ponte estava lotada. Experiências anteriores mostraram que os humanos, por sua vez, seja a pé ou de carro, tendem a perder velocidade com 40% de ocupação ou mais.
“Em baixas densidades, há uma clara relação linear entre a densidade de formigas e o fluxo, enquanto que, em grandes densidades, o fluxo permanece constante e não ocorre congestionamento”, escreveram os autores do estudo publicado este mês na revista eLife.
Tendo em conta os problemas causados pelo congestionamento das grandes cidades, é certo que apenas algumas ‘dicas’ destas formigas já nos seriam extremamente úteis e valiosas.
Poissonnier descobriu que estas criaturas ajustam a sua velocidade de movimento dependendo da densidade. Além disso, à medida que o espaço fica mais reduzido, evitam cada vez mais as interações. Embora esses encontros transmitam informação, as formigas retêm o tráfego atrás das que interagem.
Uma das razões pelas quais o nosso trânsito consegue ficar terrível é o facto de cada um ter objetivos individuais, que podem não estar alinhados com o bem comum. As tentativas de ajustar o comportamento humano, por exemplo, através de taxas de congestionamento, são muitas vezes recebidas com resistência, mesmo que haja evidências esmagadoras que comprovam os seus benefícios. Conclusão: ao contrário das formigas, o nosso objetivo não é coletivo.
A equipa nota que as formigas são um dos poucos animais, para além de nós, que se envolvem no tráfego bidirecional. Outros animais, como os peixes ou os bisontes, movem-se em massa, mas numa direção de cada vez, evitando a necessidade de dividir o espaço disponível para evitar colisões frontais.
As diferentes espécies de formigas podem ter desenvolvido diferentes soluções de gerenciamento de trânsito para se adequar ao seu estilo de vida. Estudos anteriores — embora realizados em densidades mais baixas do que este último —, revelaram que as formigas-cortadeiras e as formigas-de-fogo diminuem a sua velocidade à medida que a densidade aumenta, enquanto que as da espécie Formica rufa conseguem manter velocidades constantes dentro das faixas estudadas.
Como diz o IFLScience, pode ser que um dia os carros autónomos possam ser programados para agir coletivamente, suavizando assim o fluxo de trânsito. Mas, até lá, temos de continuar a lidar com o stress que estes momentos do dia-a-dia representam.
E quem disse que cérebro grande é sinal de inteligência? Há sinais evidentes no mundo animal que demonstram claramente a inteligência animal. Já do animal bípede por vezes fico com sérias dúvidas.
Quanto ao trânsito já se sabia que os tugas têm tendência para causar o caos nas estradas, vá-se lá saber porque cargas de água.
Visito a china há imensos anos e sempre admirei a ordem que eles conseguem impor no meio daquele caótico trânsito onde num cruzamento parece sempre estar repleto de milhentos ciclistas, motociclos, peões e automóveis, onde motoristas vão em contra-mão passam no sinal vermelho e ainda assim tudo funciona. Por isso e por muito outros motivos admiro a grande china.
Já te disse, se é assim tão bom, emigra para lá.
A maior parte do transito acontece por parvoíce dos condutores, quer seja porque travam para ver um carro parado na berma, ou porque travam porque está um acidente e querem fazer orçamentos e ficam a olhar em vez de andarem, ou porque está verde mas não arrancam porque estão a olhar para o telemóvel, ou porque não agilizam a velocidade constante numa fila de transito e provocam o efeito harmónio…
Falta de agilidade e sensibilidade diz tudo!
Depois também temos os erros de construção dos acessos espalhados pelas cidades que potenciam ainda mais o trânsito.
Deviam olhar para as alternativas que os automobilistas vão encontrando de se encostarem às bermas em algumas situações para facilitar a passagem de veículos que vão sair na próxima saída e que estão a encher desnecessariamente a fila de transito, e a policia multa quando devia fazer sugestão de alteração da via publica pois o que os automobilistas estão a fazer é a normalizar um problema, como de resto acontece na natureza com tudo!