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O apocalipse das abelhas não passa de um mito

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Um estudo recente do Departamento de Agricultura dos EUA assinala que o número de colónias de abelhas de mel cresceu no país desde 2008.

Vários cientistas assinalaram que o alarme que anuncia um apocalipse de abelhas prestes a acontecer não tem fundamento, informa a Real Clear Science, citada pela RT.

No final de 2006, os meios de comunicação dos EUA começaram a falar de colapsos de colmeias, um fenómeno que se produz quando uma grande quantidade de abelhas obreiras desaparece e não volta às colmeias, abandonando assim as suas abelhas rainhas.

A situação descrita era grave, já que o contínuo desaparecimento de abelhas punha em perigo a produção de mel e a polinização de flores em plantas silvestres e cuturas agrícolas.

No entanto, segundo os dados do Departamento de Agricultura dos EUA, o número de colónias de abelhas de mel está em crescimento no país desde 2008. Dave Gulson, professor da Universidade de Sussex, assegurou durante uma entrevista ao podcast Science Vs que esta se trata de uma tendência global.

Apesar de tudo, as populações de abelhas, especialmente as silvestres, enfrentam muitas dificuldades. Mais do que pelo colapso de colónias, o seu declínio nos últimos anos deve-se a doenças, o uso de pesticidas e alterações climáticas.

Entre estas causas, o professor destaca o varroa, um ácaro que infesta colmeias inteiras de abelhas. Além disso, o crescente desenvolvimento industrial e das mononculturas está a fazer desaparecer muitos dos habitats naturais das abelhas.

Os especialistas acreditam, no entanto, que ainda é cedo para falar de um “apocalipse” das abelhas de mel, mas assinalam para preservar a sua população é necessário prestar mais atenção à proteção do meio ambiente.

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2 Comments

  1. A natureza encarregar-se-á de mostrar o resultado das nossas acções. Estão a tentar agora negar o que já se sabe: cada vez mais abelhas e colmeias morrem passado pouco tempo, a produção de mel em Portugal desceu para cerca de metade este ano, com cada vez mais mortes prematuras. Basta falar com apicultores e eles podem confirmar a evolução ao longo dos anos que é a que transmiti no início.

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