Objetos de arte vendidos por militantes do Daesh inundaram o mercado negro de antiguidades na Síria e no Líbano, mas a maioria são falsificados.
Segundo o diretor-geral do Departamento de Antiguidades e Museus da Síria, Maamun Abdulkarim, citado pelo The Art Newspaper, a percentagem de antiguidades falsificadas no mercado negro sírio e libanês aumentou de 30% para 70% – nos últimos três anos.
Entre os artefactos vendidos em Damasco, na Síria, estão 30 exemplares falsificados da Bíblia e do Corão, 450 moedas falsas, vários ornamentos de mosaico e estátuas.
Algumas falsificações mal feitas foram rapidamente destruídas, mas, de acordo com Abdulkarim, em determinados artefactos houve dificuldade em distinguir os reais das cópias.
“Espero que as antiguidades originais estejam seguras”, destacou.
Depois de serem examinados pelas autoridades sírias, foram apreendidos no Líbano 89 artefactos – 20 estátuas, 18 mosaicos e alguns elementos de arquitetura – da cidade síria de Palmira.
O Líbano é o único país que tem trabalhado com a Síria durante para investigar suspeitas de objetos roubados, porque a Turquia e Jordânia recusaram qualquer contacto.
“Não peço que todos os objetos sejam devolvidos porque sei que haverá uma resposta negativa, mas apelo a que informem a UNESCO e a Interpol sobre o que roubaram”, acrescenta Abdulkarim.
Segundo o responsável sírio, alguns artefactos da cidade já foram recuperados ao ISIS e 90% estão em bom estado.
O Estado Islâmico destruiu e roubou, no ano passado, várias antiguidades da cidade de Palmira, que renderam à organização terrorista o equivalente a milhões de euros em peças.
BZR, ZAP / Sputnik
Muito bem feito para esses “senhores exemplares” (japoneses, europeus, americanos, etc que se fazem passar por pessoas educadas e respeitáveis e depois andam a comprar antiguidades roubadas no mercado negro!..