Uma equipa de arqueólogos desenterrou um túmulo com 2.500 anos que continha os restos mortais de quatro pessoas da antiga cultura Tagar.
Arqueólogos da Universidade Estadual de Novosibirsk, na Rússia, desterraram um túmulo com 2.500 anos que continha os restos mortais de quatro pessoas: um casal, um bebé e uma mulher mais velha, provavelmente uma servente de família.
Os especialistas acreditam que as quatro pessoas eram parte da cultura Tagar, que floresceu entre os séculos VIII a.C. e II a.C., no sul da Sibéria.
“O homem e a mulher, deitados lado a lado, tinham cerca de 35 e 45 anos, e a mulher aos pés deles tinha cerca de 60 anos ou mais”, disse a antropóloga Olga Batanina, em comunicado citado pelo Live Science. O recém-nascido não tinha nem um mês de vida quando foi enterrado, mas, ao contrário dos outros corpos, o dele estava todo fragmentado o que, segundo a especialista, indica “possível atividade de roedores”.
Os cientistas querem realizar análises de ADN nos restos mortais para delimitar com precisão o grau de parentesco entre os mortos.
No túmulo foram ainda encontrados dois conjuntos completos de armas, o que sugere que o homem e a mulher eram um casal de guerreiros. Ao lado da mulher mais velha foram encontrados um vaso de cerâmica e um pente com dentes quebrados.
Os historiadores explicam que, havia mesmo mulheres guerreiras naquela época, mas não se sabe exatamente qual era o seu papel na sociedade.
Esta descoberta apanhou os arqueólogos de surpresa, uma vez que é muito difícil encontrar túmulos que não foram roubados naquela região.
“Na maioria das vezes, os arqueólogos encontram sepulturas de Tagar saqueadas, com um número mínimo de artefactos e partes do esqueleto espalhadas por toda a sepultura”, disse o investigador Yuri Vitalievich Teterin. Para contentamento dos arqueólogos, grande parte deste sítio arqueológico permanece intocado há mais de 2,5 mil anos.