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Antigo site do Governo passou a oferecer encontros amorosos

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O antigo site do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) que servia de promoção a encontros de cidadãos para discutirem a situação da União Europeia, é agora utilizado para promover encontros amorosos.

De acordo com o jornal Público, o portal – encontroscidadaos.pt – foi vendido com a mesma morada, mas agora em vez de se discutir a União Europeia, promovem-se “encontros seguros”, “sexuais” e de “poliamor, relações a mais do que dois”.

Dá ainda diversos conselhos para “ter sucesso” em encontros marcados através da Internet e como lidar com “infidelidade conjugal”.

O alerta já foi dado ao Governo, que já tomou medidas para corrigir a situação e o site neste momento já se encontra inativo.

A iniciativa do MNE, que foi levada a cabo em abril de 2018, tinha como objetivo realizar até fevereiro de 2019, um conjunto de iniciativas que, de acordo com o Governo, visavam apelar “à participação democrática dos cidadãos, afirmando-se como um diálogo aberto e contribuir para um melhor conhecimento das preocupações e anseios da sociedade civil”, em relação à União Europeia.

“Durante o período em que decorreu, a iniciativa contou com um sítio digital através do qual se disponibilizou informação aos cidadãos e processou a inscrição dos cidadãos em eventos de capacidade limitada. Após a conclusão da iniciativa, o sítio digital dos Encontros com os Cidadãos foi encerrado, tendo a informação sobre a iniciativa, incluindo o relatório nacional da iniciativa, transitado para o portal do Centro de Informação Europeia Jacques Delors“, explica o Governo.

“O domínio associado com a iniciativa voltou a estar disponível para aquisição, tendo sido adquirido por uma empresa privada que se dedica à promoção de encontros sexuais. Tendo nós identificado esta situação, promovemos a alteração dos links associados com esta iniciativa, para que os cidadãos não fossem redirecionados para uma página que já não nos pertence”, continuou o Governo, na nota enviada ao Público.

O Governo explicou ainda que procedeu “a uma exaustiva pesquisa online hyperlinks associados com os Encontros Cidadãos”, tendo solicitado a todas as entidades que colaboraram na iniciativa “e que ainda não teriam atualizado os respetivos hyperlinks para os redirecionarem”.

Há duas razões possíveis para a venda do site criado pelo Governo. A primeira prende-se com o facto de ninguém se ter lembrado de atualizar o pagamento do domínio na Internet – e não foi -, porque a iniciativa decorria ao longo de apenas um ano, este voltaria à praça, podendo ser vendido. A segunda foi que a “morada” do domínio não incluía a designação gov.pt, que é pertença do Governo e controlado por este.

ZAP //

 

6 Comments

  1. Tamanha incompetência tecnológica assusta, porque os responsáveis por esta incompetência e incúria são os mesmos que obrigam os cidadãos a dar-lhes autorização para tratamento de dados sensíveis (finanças, segurança social, registos, etc.).
    Mais uma “medida” de poupança, 20€/ano do domínio (entretanto os milhões em despesa crescem), para enganar os coitados que acreditarem nesta gente e neles votarem.
    Já agora, as medidas tomadas são nenhumas, já que o actual titular do domínio pode fazer com ele o que quiser.

  2. e é assim que o estado tuga brinca com os dados pessoais das pessoas, o estado mais uma vez só demonstra a tamanha incompetência e apenas está ao serviço da incúria e das multinacionais.

  3. Acorda Zé Povinho que a coisa foi feita de propósito. Enquanto andarem entretidos com fado, putas, paneleiros e vinho verde, o português não quer saber de mais nada. Isso chega para as suas necessidades existenciais e para o ocupar. E estando ocupado pode-se roubar à vontade, dar o dito por não dito, empregar em empregos sem funções e remunerados de dez a vinte vezes o ordenado mínimo nacional, os amantes, as amantes, os filhos, as filhas, os genros, as noras, os amigos e amigas e o car** a sete que ninguém viu nada, ninguém quer saber, ninguém está para se incomodar. Portugal é uma coutada a saque por uma pandilha que há muito percebeu a psicologia portuguesa e sabe como roubá-la, saqueá-la e levar a água ao seu moinho sem consequências. Mas votem, não deixem de ir votar que é um ato cívico.

  4. Faz algum sentido. Eu pessoalmente estou farto que o Estado me f$%#. Logo, ser agora assumidamente um site de encontros amorosos até me parece evolução. Anteriormente não havia amor. Agora pode ser que haja.

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