Num dia, um especialista em jardinagem olhou pela janela da cozinha e viu algo que nunca tinha visto. Nem ele, nem ninguém, provavelmente.
A aranha Joro é uma espécie invasora, nativa da Ásia Oriental, que foi avistada pela primeira vez na Geórgia em 2014.
O que é que isso tem a ver com um especialista em jardinagem chamado Arty Schronce? Mais do que parece.
Em Setembro do ano passado, Arty estava na cozinha de sua casa. Olhou pela janela e viu uma ave (cardeal) presa numa enorme teia de aranha dourada.
Aproximou-se e viu que, afinal, a ave não estava presa: estava empoleirada num fio da teia e a atacar a aranha Joro que tinha construído aquela teia.
Uma ave pousada numa teia de aranha. E a teia ficou igual, nada se desfez.
A aranha acabou mesmo por ser expulsa da sua teia e depois a ave ficou lá a comer insectos – esses sim, presos na teia. E foi embora.
Uma observação de dois minutos mas suficiente para ser rara. E, no dia seguinte, a teia continuava lá, intacta.
“Isto é altamente invulgar”, descreveu na revista National Geographic o especialista em aranhas Joro, Andy Davis.
Porque o habitual é vermos aves pousadas num ramo de árvore próximo e, de vez em quando, a voar junto à teia.
Outros relatos apontam para aves presas em teias de aranha, ou a utilizar teias nos seus ninhos.
Mas uma ave pousar numa teia e a teia continuar igual… Nunca tinha sido documentado.
É uma estreia científica – e que reforça o papel do cidadão nas descobertas científicas. Afinal, todos podemos observar, aprender e talvez ver algo que nunca foi registado.
Só faltou uma fotografia com outra qualidade para ilustrar o momento.
Além disso um especialista nestas aves, Daniel Baldassarre, comentou que nunca tinha visto um cardeal fazer algo assim. São aves pequenas e que não costumam procurar alimento de uma forma tão delicada.