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Afinal, analgésico potente “desaparecido” nunca tinha saído do armazém

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A Polícia Judiciária (PJ) localizou, no próprio armazém onde tinham sido dadas como desaparecidas, as 430 embalagens de Fentanilo Basi, um opioide potente usado em anestesias gerais.

Para já, “não há indícios” de que este desaparecimento tivesse sido resultado de “prática criminosa dolosa”, mas a “falta de controlo no armazenamento” deste produto pode ainda configurar crime por negligência, confirmou ao Diário de Notícias fonte da polícia.

A PJ comunicou a situação ao Infarmed, a autoridade nacional responsável por “regular e supervisionar os setores dos medicamentos de uso humano”.

Segundo o comunicado da Judiciária divulgado este sábado, “perante os elementos apurados não se procedeu à constituição de qualquer arguido”. No entanto, o diretor da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes, Artur Vaz, “a investigação vai prosseguir para total esclarecimento dos factos” – se houve dolo no “desaparecimento“.

As 430 embalagens, com 10 unidades de solução injetável por ampola cada uma, estavam guardadas no armazém de um distribuidor grossista, no norte do país, e foi também nesse local que a PJ os encontrou. Dados os efeitos potentes do analgésico, da família dos opioides, este está enquadrado na Lei da Droga.

O inquérito-crime conduzido pela PJ pretende “determinar as circunstâncias do desaparecimento do medicamento”. As embalagens estão apreendidas pela PJ até todos os factos estarem rigorosamente apurados.

A substância fentanil é usada na analgesia de curta duração ou quando necessário para período pós-operatório imediato e também como componente analgésico da anestesia geral e suplemento da anestesia local.

Trata-se de um opióide 50 vezes mais potente do que a heroína que é usado igualmente no caso de dores extremas provocadas por doenças crónicas e oncológicas.

Este é o fármaco que, de acordo com a imprensa internacional, causou a morte a Prince. O Fentanilo Basi é considerado a droga mais letal no Estados Unidos.

ZAP //

2 Comments

  1. Não , afinal temos uma história muito igual às armas de Tancos , quando trata de esconder patentes … inventa-se é tudo ! Foi o padre … para dar aos infiéis que trafica armas e droga . A investigação criminal em Portugal anda hoje muito parecida com o TINTIM .

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