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Amianto. Morreram mais de 100 portugueses em quatro anos

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Montagnoli Rino / Flickr

Doenças provocadas pela exposição ao amianto (fibra cancerígena) provocaram, entre 2014 e 2017, 126 mortes em Portugal.

Os números são avançados esta segunda-feira, dia 2 de dezembro, pelo Correio da Manhã, que cita estatísticas da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Em declarações ao diário, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, refere que o número de vítimas mortais pode aumentar nos próximos anos. “É possível que apareçam mais casos. Os efeitos na saúde são a longo prazo e é natural que surjam mais. Depende da idade das estruturas que têm amianto”, diz.

Segundo o CM, as doenças atribuídas ao amianto são o mesotelioma na pleura [membrana que reveste os pulmões] e no peritoneu [que reveste a parede abdominal], e a asbestose.

Portugal tem 3406 edifícios públicos com amianto, 175 dos quais na esfera do Ministério da Saúde, de acordo com o mesmo jornal.

Recentemente, o Bloco de Esquerda adiantou à agência Lusa que quer alterar a lei para que a lista dos edifícios públicos com amianto seja atualizada, pretendendo ainda que passe a ser obrigatória a divulgação do calendário para as monitorizações e para a remoção de amianto.

ZAP //

2 Comments

  1. Pelo Estado até que morram 1000 ou 10.000 se calhar dá no mesmo a não ser que os familiares contratassem os melhores advogados da Europa e aí pedissem por cada morte 1 milhão de € e arespetiva condenação do Estado e governos sucessivos. Aí talvez a negligência do Estado terminasse.

  2. E, se começarem a mexer no amianto, de certeza que irão morrer mais!..
    Só é perigoso se for mexido ou ficar degradado…
    Curiosamente em 2018, os EUA retiram as restrições ao uso de amianto (que lá nunca foi proibido) e agora pode ser usado livremente em produtos domésticos e indústriais!

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