Caos no aeroporto de Amesterdão vai repetir-se (ou piorar) no fim-de-semana

EPA/Evert Elzinga

Aeroporto de Schipol com filas de espera

Faltam funcionários no aeroporto de Schiphol, nos Países Baixos. E só no domingo são esperados quase 200 mil passageiros.

O aeroporto de Schiphol, nos Países Baixos, foi notícia na semana passada, quando foi palco de um cenário praticamente caótico.

As filas de espera tinham milhares de pessoas, que queriam entrar no respectivo avião. A grande maioria ia de férias – é habitual muitos holandeses irem de férias para o estrangeiro, em Maio.

À movimentação anormal de passageiros junta-se o factor principal: a falta de funcionários.

Por causa da COVID-19, a direcção do aeroporto em Amesterdão decidiu reduzir significativamente o número de efectivos – mas agora há escassez de funcionários.

O chefe de segurança do aeroporto já assegurou que a contratação de funcionários já começou em Janeiro de 2021. Mas não é suficiente.

Muitos voos foram cancelados e as companhias aéreas “têm de pagar por isso”, protesta a associação comercial de companhias locais.

“As companhias aéreas agora têm de pagar por isso: cancelam voos, param de fazer reservas, remarcam com os passageiros” – a quem terão de pagar pelas noites dormidas fora de casa, por causa destes atrasos. Deverão surgir pedidos de indemnização.

Quem pensa que o caos já ficou para trás, está enganado. O jornal Het Parool avisa que, no próximo fim-de-semana, o cenário será igual ou pior.

Só no domingo deverão chegar ao aeroporto quase 200 mil passageiros, em fase final de férias. No sábado o número será pouco menor, mas não muito diferente.

Como faltam funcionários, mesmo que o voo não seja cancelado, haverá certamente um atraso na recolha de bagagens. E deverá haver novo cenário de caos nas zonas de embarque, onde falta cerca de 20% de seguranças.

O aeroporto indicou ao jornal que vai ter de tomar medidas drásticas no sábado e no domingo.

Uma das principais será pedir (de novo) às companhias aéreas que cancelem voos. A ideia é retirar 9 mil passageiros por dia.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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