Porque é que alguns planetas estão rodeados por anéis?

NASA / JPL-Caltech / SSI

Os planetas são rodeados por anéis, constituídos por partículas que o orbitam. Estas partículas podem ser compostas por uma variedade de materiais, tais como rocha, gelo e poeira.

Os anéis são formados quando objetos no espaço circundante – cometas, asteroides ou luas – se separam e os seus detritos são puxados para o campo gravitacional do planeta. As partículas começam então a orbitar e formam um anel, como infomrou um artigo do Sci Tech Daily.

O tamanho e forma dos anéis depende do tamanho e composição das partículas, bem como da atração gravitacional do planeta. Alguns planetas, tais como Saturno, são conhecidos pelos seus grandes e distintos sistemas de anéis, enquanto outros, como Marte, têm anéis muito menores e menos visíveis.

Durante muito tempo, acreditava-se que Saturno era o único planeta do Sistema Solar com anéis. Estes foram descobertos há quase 400 anos pelo astrónomo Galileo Galilei. Desde então, os astrónomos também encontraram anéis em planetas gigantes: Júpiter, Neptuno, e Urano.

Estes planetas, ao contrário de outros no nosso sistema, são constituídos em grande parte por gases. E embora não saibamos exatamente como os anéis funcionam ou como se formam, existem algumas teorias.

A primeira teoria afirma que os anéis se formaram ao mesmo tempo que o planeta. Algumas partículas de gás e poeira de outros planetas estavam demasiado longe do núcleo e não podiam ser captadas pela gravidade. Essas ficaram para trás e formaram o sistema de anéis.

A segunda teoria indica que os anéis se formaram quando duas das luas do planeta, que se tinham formado ao mesmo tempo que o planeta, colidiram entre si. Os detritos dessa colisão não conseguiram voltar a juntar-se para formar uma lua nova. Ao invés disso, espalharam-se e criaram os sistemas de anéis que vemos hoje.

Uma vez que ainda não temos respostas definitivas, continuamos a explorar e a testar diferentes teorias. O que sabemos é que os anéis em redor dos vários planetas são ligeiramente diferentes, mas todos partilham algumas características.

Primeiro, são muito mais largos do que grossos. Os anéis de Saturno, por exemplo, têm cerca de 282.000 quilómetros de largura mas apenas 200 metros de espessura.

Além disso, todos os sistemas de anéis são feitos de pequenas partículas de gelo e rocha. As menores dessas são do tamanho de grãos de poeira, enquanto que as maiores têm cerca de 20 metros de diâmetro.

Todos os anéis em redor dos planetas também contêm lacunas, por vezes com muitos quilómetros de largura e, no início, ninguém conseguia perceber porquê. Mais tarde, percebeu-se que as lacunas eram causadas por pequenas luas que tinham devorado todo o material naquela parte específica do sistema de anéis.

A maior diferença entre os anéis de Saturno e os outros planetas gigantes compostos por gases é que as partículas que os compõem são muito boas a refletir a luz do sol de volta para a Terra. Isso significa que parecem ser muito brilhantes e é por isso que podemos ver os anéis com um telescópio normal.

O número elevado de partículas presas nos anéis de Saturno também os torna maiores e mais largos.

As partículas que compõem os anéis de Urano e Neptuno contêm elementos que foram escurecidos pelo sol. Estas partículas escuras parecem-se muito com pedaços de carvão ou carvão vegetal. Isto torna-as muito mais difíceis de serem vistas porque não refletem a luz do sol.

ZAP //

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