Algas tóxicas infestam mil quilómetros das principais praias mexicanas

Uma infestação de Sargassum C. Agardh, uma espécie de algas castanhas, está a invadir algumas das principais praias mexicanas, ameaçando peixes e outras espécies marinhas, com os especialistas a alertar que não estão descartados riscos para a saúde humana. O fenómeno não é inédito – surgiu pela primeira vez há cinco anos -, mas volta a preocupar as autoridades do México. 

Pela primeira vez, mais de mil quilómetros da costa mexicana foram atingidos por esta maré castanha. A culpa é das alterações climáticas, segundos os peritos, que advertem para a necessidade de se tomarem mais medidas para combater o problema, avançou nesta quarta-feira o Expresso.

A situação está a preocupar moradores, turistas e empresários do setor turístico, um dos principais pilares da economia mexicana. Alguns estados, como o caso de Quintana Roo, já declararam a situação de emergência, tendo em conta um “iminente desastre natural”, referiu a BBC.

Com um forte odor e uma tonalidade castanha escura, estas algas tóxicas estão a invadir as águas de algumas das principais praias da costa mexicana e a matar peixes e outras espécies marinhas.

Só no ano passado, este fenómeno foi responsável pelo registo de mortes em 78 espécies marinhas, de acordo com um estudo realizado por investigadores da Universidade Nacional Autónoma do México, o Colégio da Fronteira Sil e o Parque Nacional de Recifes de Puerto Morelos, informou o jornal El Universal.

Segundo o chefe da Marinha mexicana, o almirante Rafael Ojeda, serão construídas quatro embarcações especiais com vista a remover as algas e serão criadas barreiras para travar a infestação, num custo total de cerca de 2,7 milhões de dólares (2,38 milhões de euros).

Contudo, seriam necessários 36,7 milhões de dólares (32,3 milhões de euros) para limpar todas as praias, de acordo com as estimativas da Associação Hoteleira de Cancún-Puerto Morales.

O Presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador tem sido alvo de vários críticas face à desvalorização do problema, que considerou um “mal menor” no país. Ainda assim, solicitou que fossem canalizados todos os recursos necessários para travar a situação.

TP, ZAP //

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