Alemanha rejeita pedido polaco de indemnizações pela 2.ª Guerra Mundial

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W. Kompała / KPRM

Mateusz Morawiecki, primeiro-ministro da Polónia

O Governo alemão rejeitou formalmente o pedido de Varsóvia para negociar indemnizações relacionadas com os danos registados pela Polónia durante a Segunda Guerra Mundial, anunciou esta terça-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros polaco.

“Segundo o Governo alemão, o caso das reparações e das indemnizações pelos danos relacionados com a guerra permanece encerrado e o Governo alemão não tem a intenção de abrir negociações sobre este tema”, indicou um comunicado da diplomacia polaca, publicado após o envio da resposta oficial de Berlim.

A Polónia reivindica junto da Alemanha indemnizações que Varsóvia avalia em 300 mil milhões de euros.

Na terça, a diplomacia polaca apresentou o caso junto da Organização das Nações Unidas (ONU), solicitando aos altos representantes da organização a sua “cooperação e apoio para que a Polónia possa receber as indemnizações pelos danos causados pela agressão e ocupação alemã nos anos 1939-1945″.

Segundo a Alemanha, a Polónia renunciou a estas reparações de guerra em 1953 e confirmou esta posição por diversas ocasiões. Berlim apresentou argumentos idênticos aos pedidos de indemnização apresentados no passado pela Grécia.

Os ultraconservadores nacionalistas polacos atualmente no poder contestam a validade deste acordo de 1953, ao argumentarem que Varsóvia atuou à época sob pressão da ex-União Soviética.

Desde a sua chegada ao poder na Polónia em 2015, o partido Direito e Justiça (PiS) tem defendido a questão das reparações de guerra, insistindo que a Alemanha tem um “dever moral” nesta situação.

Lusa //

1 Comment

  1. Além disto, a Polónia também está a considerar reintroduzir a pena de morte. Num país da UE, parceiro da Alemanha, faz-nos pensar que algo de estranho se passa em Varsóvia. Será a vodca? E porque não pedem reparações também à Rússia? Os Russos também ocuparam a Polónia durante a II GM, uma parte em 1939/41 e a totalidade em 1944/45 (e mais além).

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