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Novo livro revela provas de que Albert Camus foi assassinado pelo KGB

Giovanni Catelli é autor da teoria que o prémio Nobel da literatura Albert Camus foi assassinado pelo KGB. No seu novo livro, reitera essa ideia e revela algumas provas.

O romancista Albert Camus foi vencedor do prémio Nobel da literatura em 1957, assumindo-se como um dos maiores nomes da literatura mundial. Três anos depois, morreu num acidente de automóvel que acabou por levar a suspeitas de um homicídio planeado.

No seu novo livro, “A Morte de Camus”, o italiano Giovanni Catelli revela provas de que o KGB, a principal organização de serviços secretos da União Soviética, orquestrou a sua morte com o auxílio das autoridades francesas. Apesar de ter nascido na Argélia, Camus passou grande parte da sua vida em França.

Os relatos oficiais constatam que Camus terá embatido contra uma árvore com o seu editor Michel Gallimard ao volante. O veículo viajava a alta velocidade e um dos eixos do carro terá partido, resultando num final trágico para o escritor. Segundo o Observador, as autoridades estranharam, mas a explicação acabou por ser aceite.

No entanto, Catelli revelou a fonte das suas provas: o diário de Jan Zábrana, escritor e tradutor checo, que terá sido informado em 1980 de que a culpa do acidente foi do KGB. Segundo a obra do italiano, os serviços secretos soviéticos terão implantado um engenho que fez o pneu furar quando o veículo ia a alta velocidade.

Catelli menciona ainda as razões pelas quais o KGB tinha interesse em ver Albert Camus morto. O escritor publicou o artigo “Réponse à um appel” num jornal francês, no qual mostrava o seu apoio à revolta húngara contra a União Soviética. O romancista também atacava diretamente o Ministro dos Negócios Estrangeiros da URSS, Dmitri Shepilov, culpando-o daquilo que chamou de “massacre”, referindo-se à opressão soviética.

Além disso, Camus era um amigo chegado de Boris Pasternak, um escritor russo que se assumia como anti-soviético.

Segundo o diário de Zábrana, o KBG terá tido o apoio dos serviços de inteligência franceses, já que tanto as obras como as manifestações políticas de Camus estavam a interferir nas relações entre a França e a União Soviética.

ZAP //

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