Al-Qaeda envia “declaração de guerra” ao Estado Islâmico

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Hamid Mir / Wikimedia

Ayman al-Zawahiri, atual líder da Al-Qaeda, com Osama Bin Laden

Ayman al-Zawahiri, atual líder da Al-Qaeda, com Osama Bin Laden

Num momento em que se assinalam 14 anos desde o ataque às torres gémeas, o grupo terrorista divulgou uma implícita declaração de guerra ao Estado Islâmico.

Através de uma mensagem áudio, Ayman al-Zawahiri, membro da Al-Qaeda que assumiu o cargo de Bin Laden após a sua morte, acusou o líder do Estado Islâmico de “insubordinação”, noticia o The Mirror.

A mensagem foi divulgada esta quarta-feira, na qual o chefe do grupo terrorista afirma que Abu Bakr al-Baghdadi se vangloria de ser uma coisa que não é, “o líder de todos os muçulmanos”.

“Todos ficaram surpreendidos quando al-Baghdadi se proclamou como o quarto califa da história islamita, sem consultar ninguém”, diz Zawahiri na mensagem.

O chefe da Al-Qaeda acrescentou ainda que preferia “falar o menos possível”, mas que o recente comportamento do líder do Estado Islâmico e dos “seus irmãos” não lhe deram outra opção.

O Estado Islâmico chegou a ser um dos ramos da Al-Qaeda mas acabou por se separar há cerca de dois anos.

De acordo com Matthew Olsen, um especialista em matérias contra o terrorismo citado pelo mesmo jornal, o conflito de ideias entre os dois grupos pode ser uma boa notícia.

“Zawahiri, até agora, não tinha condenado abertamente Baghdadi e o ISIS – ele destacou quão profunda é a divisão entre a liderança dos dois grupos”, explica.

“Se o ISIS e a Al-Qaeda se unissem, seria terrível”, remata Olsen.

A insatisfação de al-Zawahiri é divulgada numa altura em que se assinalam 14 anos do atentado às torres gémeas, ocorrido a 11 de setembro.

Este atentado, considerado um dos piores de toda a história, destruiu o World Trade Center e provocou a morte de cerca de três mil pessoas.

Estado Islâmico produz armas químicas?

Em declarações à BBC, o responsável da administração norte-americana afirmou que o Estado Islâmico terá usado, pelo menos quatro vezes, gás mostarda na Síria e no Iraque.

O responsável americano diz que o gás está a ser usado em pó no interior dos morteiros e acrescenta ainda que o Estado Islâmico terá encontrado informação para produzir este químico e que poderá mesmo ter uma célula a desenvolvê-lo.

Outra hipótese é a de que o grupo tenha encontrado o produto escondido algures num dos dois países.

Para confirmar estas declarações, a BBC acrescenta que alguns dos seus repórteres destacados na fronteira entre a Turquia e a Síria já viram provas do uso deste químico.

Apesar disso, a Casa Branca ainda não confirmou oficialmente esta suspeita, garantindo que estão ainda a investigar o caso.

A Síria já devia estar livre do uso de armas químicas já que, entre outubro de 2013 e junho de 2014, Bashar Al-Assad, atual presidente da Síria,  assinou um acordo que levou à retirada de 1180 toneladas de materiais perigosos.

Durante o mês passado, a Organização das Nações Unidas lançou uma investigação para determinar que pessoas, grupos ou governos estão envolvidos no uso de armas químicas na Síria.

ZAP

5 Comments

  1. vaila-vai Realmente era bom que se desfizessem-se uns umas aos outros as .mas e os despois se essa carnificina,genosidio,etc, se se alastrar pela terra, por todos os povos!!!????…. uiuiuiui aiaiai se se generalizar ????,pagará o justo,pelo PECADOR!!??…. pois,logo veremos.aiiiiii mamamiaaaa ……

    a.g.p.

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