Afinal, os homens não suam mais do que as mulheres

Um novo estudo científico põe em causa a ideia tradicional de que os homens suam mais do que as mulheres. De acordo com esta pesquisa, o género não tem nada a ver com o assunto, o que importa é o tamanho da pessoa.

Quando é exposto a um esforço físico que aumenta a temperatura corporal, o organismo humano arrefece-se através do suor ou por via do aumento da circulação sanguínea à superfície da pele.

É “a forma e o tamanho do corpo que ditam qual destas duas maneiras é invocada para a perda de calor”, apurou esta nova investigação, conforme divulga em comunicado a Sociedade de Fisiologia (PHYSOC na sigla original em inglês), que reúne cerca de 3.500 cientistas de 60 países.

“As diferenças de sexo na resposta à perda de calor estão dependentes do tamanho do corpo e não do género, o que significa que indivíduos maiores suam mais do que indivíduos mais pequenos, durante ciclos de exercício, em condições quentes e toleráveis”, verificou o estudo.

“Homens e mulheres mais pequenos, com mais área de superfície por quilograma de massa corporal, são mais dependentes da perda de calor através do aumento da circulação e menos dependentes do suor“, afiançam ainda os investigadores na pesquisa que foi publicada no jornal científico Experimental Physiology.

Cientistas da Universidade de Wollongong na Austrália e da Escola de Enfermaria Mie Prefectural do Japão analisaram o fluxo sanguíneo e as respostas de suor de 36 homens e de 24 mulheres, durante dois testes, um com exercícios leves e outro com exercícios moderados, a 28 graus de temperatura e sob um ambiente de 36% de humidade.

Estamos a falar de um ambiente considerado “tolerável” pelo organismo e “em condições onde o corpo pode regular, com sucesso, a sua temperatura“, conforme explica o cientista que liderou o estudo, Sean Notley, citado no comunicado da PHYSOC.

Nestas circunstâncias, “as respostas de perda de calor são independentes do género, durante o exercício”, acrescenta Sean Notley.