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Afinal, o Santo Sudário não foi colocado sobre o corpo de Jesus — nem sobre ninguém

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Michael L. Brown / Twitter

Recriação da cara de Jesus, feita por IA com base no Santo Sudário.

Recriação da cara de Jesus, feita por IA com base no Santo Sudário.

Novo estudo sugere que o Sudário de Turim cobriu, sim, uma escultura — o que condiz com a conclusão da datação de carbono de 1989.

Diz o Cristianismo que o Santo Sudário (ou Sudário de Turim) foi o tecido que envolveu o corpo de Jesus após a sua crucificação, mas um novo estudo, publicado esta segunda-feira na revista Archaeometry, desmente a crença de longa data.

A investigação brasileira, conduzida por Cicero Moraes, garante que a imagem do Sudário não pode ter sido criada pelo contacto com um corpo humano tridimensional. É sim mais provável que a imagem tenha sido criada a partir de uma escultura em baixo-relevo.

O conceituado designer brasileiro, especializado em reconstruções faciais históricas — de que o ZAP já deu notícia inúmeras vezes — recorreu agora a modelação digital e software 3D para o provar.

Moraes comparou o comportamento de um tecido ao ser colocado sobre um corpo humano tridimensional, face a quando é posto sobre uma escultura em baixo-relevo.

Os resultados mostraram que o padrão observado no sudário é mais compatível com a forma como o pano se ajusta a uma superfície plana com relevo reduzido.

“A imagem no Sudário de Turim é mais consistente com uma matriz de baixo relevo”, confirmou Moraes à Live Science. “Tal matriz poderia ter sido feita de madeira, pedra ou metal e pigmentada (ou mesmo aquecida) apenas nas zonas de contacto, produzindo o padrão observado”.

A veracidade do Sudário e da história que o rodeia é controversa desde a sua descoberta, no final do século XIV.

Em 1989, uma datação por radiocarbono indicou que a peça não passava de um artefacto medievel, produzida entre 1260 e 1390 — o que coincide com a descoberta brasileira de agora, uma vez que representações religiosas em baixo-relevo — como lápides esculpidas — eram comuns na Europa nessa altura.

Na prática, Moraes criou dois modelos digitais: um corpo humano tridimensional e uma versão em baixo-relevo.

Ao simular o ato de cobrir ambos com o tecido virtual, concluiu que apenas o modelo em baixo-relevo gerava uma imagem semelhante à do sudário fotografado em 1931.

No modelo tridimensional, a imagem sofria distorções, fenómeno que Moraes apelidou de “efeito da Máscara de Agamémnon”, em alusão à máscara mortuária grega cuja forma foi alargada ao ser pressionada sobre um rosto real.

Embora exista uma “remota possibilidade de que se trate de uma impressão de um corpo humano tridimensional, é plausível considerar que artistas ou escultores com conhecimentos suficientes poderiam ter criado tal peça, seja através da pintura ou do baixo relevo”, diz Moraes.

ZAP //

3 Comments

  1. Assim comecam com “um novo estudo” já sabemos que estão a inventar para nos “passar a perna”. E isso ficou mais do que provado durante a “pandemia”!
    Querem a todo o custo apagar tudo o que tem a ver com o Cristianismo. Já nem sabem o que inventar.
    Já agora, se o Sudário de Turim só cobriu uma estátua. Como é que este senhor que explicam as manchas de sangue que lá se encontravam? Exactamente o mesmo tipo de sangue encontrado no túmulo de Jesus! Sangue o qual foi examinado e descobriram que este tinha 24 cromossomos! E que ainda estava vivo! Todos nós temos 46 cromossomos. 23 da mãe e 23 do pai. Este sangue tinha 23 cromossomos do lado da mãe, apenas um cromossomo Y!
    Podiam aonmejos fazer um pouco de pesquisa antes de publicar tudo e mais alguma coisa!

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    • O Altissimo disse: “Aqueles que só estão ligados às coisas da Terra”, ou seja os MATERIALISTAS!
      É essa corja que nos anda aqui a perseguir, a nos tentar permanentemente influcienciar, convencer, que afinal somos uns mero animais frutos de uma evolução acidental qualquer de componentes organicos.
      Acontece porem que o ADN ( O Livero da Vida, como o Altissimo diz e com razao) NÃO se pode criar a sis proprio e sem ADN não há Vida. Ponto. fim da conversa.
      Cuidado com esses Cães, disse o Altissimo. Tenham mesmo muito cuidado com essas criaturas, são mais espertos que os FIlhos da Luz, quer dizer embrulham as pessoas num apice.

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  2. A única coisa que digo disto é que os brasileiros adoram inventar. Este não é o primeiro caso. Se repararem não existe nenhuma prova científica que corrobore a afirmação, apenas uma suposição à qual se segue a criação de algo para a provar. Meus caros, não é assim que a ciencia funciona. Não se parte para algo com uma ideia pré-definida para se tentar provar essa ideia, desculpem dizer isto, mas quem faz tal coisa não merece nem o título de investigador nem de cientista, merece um título que aqui não digo qual é pois poderia ser bloqueado…

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