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Afinal, há uma forma de entrar na China sem visto

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A China anunciou, esta quarta-feira, que vai isentar de visto grupos turísticos que cheguem ao país em navios de cruzeiro. Desta forma, até os portugueses conseguirão entrar na China sem visto.

Até os cidadãos portugueses vão poder entrar na China sem visto.

“Até”, porque, na semana passada, a China deixou Portugal de fora da lista de 11 países europeus isentos de visto para entrar na potência asiática, até dezembro de 2025: França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Espanha, Suíça, Irlanda, Hungria, Áustria, Bélgica e Luxemburgo.

Mas, afinal, há vai haver uma forma: esta quarta-feira China anunciou que vai isentar de visto grupos turísticos que cheguem ao país em navios de cruzeiro, refletindo os esforços de Pequim para aumentar o número de visitantes estrangeiros.

A medida, que entrou hoje em vigor, aplica-se a portos de cruzeiros de 13 cidades chinesas, incluindo Xangai (leste), Tianjin (nordeste), Cantão (sudeste), Shenzhen (sudeste), Xiamen (sudeste), Qingdao (leste) ou Sanya (sul).

De acordo com a Administração Nacional de Imigração da China, os membros destes grupos turísticos devem entrar na China em conjunto e todo o grupo deve também seguir para o porto seguinte a bordo do mesmo navio de cruzeiro.

Outro dos pontos mencionados é que os turistas vão ser autorizados a permanecer na China por um período não superior a 15 dias.

Esta é mais uma das medidas para apoiar o turismo estrangeiro que a China tem vindo a lançar nos últimos meses.

Especialistas defendem que a morosidade dos procedimentos de pedido de visto e o preço dos bilhetes de avião são as principais razões pelas quais o turismo estrangeiro ainda não atingiu os níveis anteriores à pandemia da covid-19, durante a qual a China impôs um encerramento quase total das fronteiras.

Os serviços de pagamento eletrónico WeChat Pay e Alipay anunciaram também no último ano várias medidas para disponibilizar os seus sistemas de pagamento aos utilizadores estrangeiros que visitam a China, que por vezes têm dificuldade em pagar no país e em utilizar determinados serviços.

Em novembro passado, a China anunciou que os cidadãos de França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Espanha e Malásia beneficiariam de uma isenção unilateral de vistos até dezembro de 2024, uma lista à qual as autoridades foram acrescentando gradualmente mais países.

Apesar de Portugal estar excluído dessa lista, na última sexta-feira, o embaixador da China em Portugal, Zhao Bentang, disse à Antena 1 que, numa próxima fase, Portugal deverá ser abrangido pelo regime de isenção de visto: “Já tomei uma série de medidas na embaixada, para facilitar a atribuição dos vistos e reduzir o preço dos vistos para os portugueses”.

Os cidadãos chineses precisam de visto para entrar em Portugal. Com efeito, a China não consta na Lista dos Países cujos cidadãos estão isentos de pedir visto para entrar em no nosso país — onde apenas se encontram referidas duas Regiões Administrativas Especiais do país asiático: Hong Kong e Macau.

De acordo com o portal Visa For China, os portugueses com Cartão de Viagem de Negócios da APEC também podem entrar na China sem visto. No entanto, a decisão final cabe à Autoridade de Controlo Fronteiriço local, “de acordo com casos individuais, em conformidade com a legislação e regulamentação chinesas”.

ZAP // Lusa

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