Companhias aéreas devem 260 milhões a passageiros. TAP e easyJet lideram queixas de cerca de 650 mil clientes.
Um aeroporto em Portugal foi um dos que tiveram mais problemas em voos, ao longo do ano passado. E Portugal foi um dos países com mais irregularidades em voos, em 2022.
A avaliação foi divulgada pela AirHelp, uma empresa que presta serviços jurídicos para passageiros que tiveram problemas em voos.
Os números partilhados com o Dinheiro Vivo mostram que o Humberto Delgado, em Lisboa, é o oitavo aeroporto com mais passageiros com direito a indemnização – o que é sinónimo de muitas irregularidades nos voos.
O aeroporto na Portela teve uma nota de apenas 6,75 pontos (em 10) e é um dos piores do mundo na tabela AirHelp Score 2022: está no 143.º lugar numa lista que tem 151 aeroportos. O pior parâmetro foi a pontualidade (6,22 pontos).
A iniciar o segundo terço da classificação, no 54.º lugar, está o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, com 7,67 pontos – melhorou muito na pontualidade é o melhor aeroporto português, de acordo com esta classificação
O Aeroporto Gago Coutinho, em Faro, está praticamente entre os outros dois: 108.ª posição, com 7,21 pontos.
A nível nacional, em cada 20 voos, sete não partiram à hora prevista, em Portugal. O país está na parte final da tabela europeia, no 25.º posto.
Alemanha foi o país que registou mais atrasos em voos, enquanto o país europeu mais pontual foi a Lituânia.
A nível de companhias, o penúltimo lugar é ocupado pela Ryanair. A TAP está a meio da tabela (33.º lugar) e a easyJet fica entre as duas, no 48.º posto.
260 milhões
Atrasos ou cancelamentos de voos, entre outros problemas, originam pedidos de indemnizações por parte dos clientes.
Em Portugal, 63 mil voos sofreram alguma irregularidade. 9 milhões de passageiros foram afectados – quase um terço do total.
Há cerca de 650 mil passageiros que têm direito a uma indemnização. A média é de 400 euros em cada caso, num total de indemnizações de 260 milhões de euros.
A TAP e a easyJet, como são as companhias com mais actividade, são também quem tem mais indemnizações por pagar.
E Pedro Miguel Madaleno, especialista em direitos dos passageiros, avisou: “Não podemos assumir que a situação irá melhorar nos próximos meses”.