Exames de ADN confirmaram que o esqueleto sem perna encontrado em julho último sob a fundação de uma pista de dança na Rússia pertence a Charles Etienne Gudin, o general favorito de Napoleão Bonaparte.
A confirmação é avançada esta semana pelo jornal francês Le Point, que recorda que o general foi morto por uma bala de canhão há mais de 200 anos.
Charles Etienne Gudin morreu de gangrena, aos 44 anos, depois de ter sido atingido por uma bala de canhão durante uma batalha no Monte Valutino, antes da Batalha de Borodino, a 19 de agosto de 1812.
O incidente ocorreu perto da cidade de Smolensk, na Rússia, onde o exército napoleónico, a apenas 402 quilómetros de Moscovo, perdeu 8.000 soldados, incluindo mortos e feridos.
O ADN do corpo desenterrado em julho na Rússia coincidiu com o ADN de um irmão do oficial de Napoleão, Pierre César Gudin, que também era general.
Detalha a Russia Today que a procura por Charles Etienne Gudin foi financiado pelo historiador francês Pierre Malinovsky e foi aprovada pelo Presidente russo Vladimir Putin.
Acredita que Charles Etienne Gudin era o general favorito de Napoleão. Diz-se que o imperador francês chorou a morte do general e, para o honrar, o seu nome foi inscrito no Arco do Triunfo em Paris.
Há ainda um busto do general no Palácio de Versalhes, uma rua da capital francesa foi batizada com o seu nome e, como gesto sentimental, o seu coração foi removido do seu corpo e colocado numa capela no Cemitério Père Lachaise em Paris.