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Adeus, Mr. Charles Bradley

Foi através das redes sociais de Charles Bradley que o mundo ficou a saber da morte do músico norte-americano, aos 68 anos. O dono da marcante voz do soul morreu, vítima de cancro no estômago.

Há uns meses, o mundo pensou que Charles Bradley seria mais um caso de sucesso, um vencedor da luta contra o cancro, com o músico a retomar a extensa tour que tinha marcada. Vimos ainda o anúncio de um concerto no Coliseu do Porto e uma passagem pelo Vodafone Mexefest.

Quem teve oportunidade de o ver ao vivo, em 2015, numa apoteosa actuação no Vodafone Paredes de Coura, queria repetir a dose. Quem não teve oportunidade de ver, não queria deixar passar a oportunidade.

Assim seguia a história, até ao dia 6 de setembro, quando Bradley se viu novamente obrigado a cancelar as datas da tour, que apresentaria o disco Changes. Em Portugal, Charles Bradley tinha passagem marcada pelo Porto, a 23 de novembro, e por Lisboa, a 25 de novembro.

Ao final da tarde de hoje, chegava a notícia de que Charles Bradley não resistiu à doença. As manifestações de pesar dos fãs começavam a encher a caixa de comentários do post.

Uma história pouco convencional

A verdade é que estes anos de estrelado de Charles Bradley sabem-nos a pouco. O primeiro disco, No time for Dreaming, foi lançado em 2011, quando o músico já tinha 63 anos. Até lá, a vida de Bradley, que nasceu a 5 de novembro de 1948, na Flórida, foi pautada pela pobreza, até ter sido descoberto pela Daptone Records.

Ao longo dos seus pouco mais de seis anos de estrelato, o músico lançou Victim of Love, em 2013, e Changes, no ano passado, cuja crítica podes ler aqui. 

A voz de Charles Bradley mostrava-nos sempre alma e uma aspereza tão característica de uma vida nem sempre fácil. Inspirado por grandes nomes da música soul e funk, como Otis Redding ou James Brown, o músico foi ainda o protagonista do documentário Soul of America, que teve seu o lançamento no festival South by Southwest, em 2012.

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