O Egito tenciona construir uma nova capital administrativa e económica, a leste do Cairo, com capacidade para cinco milhões de pessoas, anunciou o ministro egípcio da Habitação durante uma conferência com investidores.
A proposta de nova cidade foi apresentada a potenciais investidores durante uma conferência, que teve início esta sexta-feira na instância turística de Sharm el-Sheikh, na margem do Mar Vermelho, e se prolonga por três dias.
Ao revelar o plano inicial perante os investidores e diplomatas que participavam na reunião, o ministro da Habitação, Mustafa Kamel Madbuli, disse que a nova cidade vai ser construída entre o Cairo e a cidade do canal do Suez.
Adiantou também que a área da urbanização deve ter 700 quilómetros quadrados e os previstos cinco milhões de habitantes devem ser distribuídos por 25 divisões administrativas.
“A ideia de construir a nova cidade resulta do nosso entendimento de que a atual população do Cairo vai duplicar nos próximos 40 anos“, disse Madbuli, ao apresentar os detalhes do projeto.
No site da autarquia da cidade está a previsão de crescimento da população da capital egípcia, dos atuais 18 milhões para 40 milhões, até 2050.
O parlamento, os palácios presidenciais, os ministérios e as embaixadas devem mudar-se para a nova localização, disse o ministro, acrescentando que estas mudanças devem ser executadas nos próximos cinco a sete anos, por um custo de 43 mil milhões de euros.
O custo total da nova cidade não foi revelado, nem detalhes sobre o seu financiamento.
Madbuli especificou ainda que a nova cidade vai ter grandes espaços verdes e propiciar “um melhor padrão de vida”.
Também vai ter “um aeroporto internacional, um parque temático quatro vezes maior do que a Disneylândia na Califórnia, 90 quilómetros quadrados de parques solares e um comboio elétrico” para ligar a nova cidade com o Cairo.
“O plano principal é criar uma cidade global com infraestrutura inteligente para o futuro do Egito, que vai fornecer uma multitude de oportunidades económicas e oferecer uma qualidade de vida distinta”, conforme um plano da cidade divulgado na internet.
O presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi espera que os investidores reunidos em Sharm el-Sheikh ajudem a tirar a economia do país da situação problemática em que se encontra.
A conferência pretende atrair milhares de milhões de dólares para a economia do Egito.
Hoje mesmo, a Arábia Saudita, o Koweit e os Emirados Árabes Unidos prometeram 12 mil milhões de dólares (11,4 mil milhões de euros) para investimentos na economia do país.
/Lusa