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Adeus ar condicionado. Invenção francesa consome muito menos e vai revolucionar a sua casa

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Caeli Energie

Sem ar condicionado ou ventoinhas: uma invenção da empresa francesa Caeli Energie usa a evaporação da água, consome cinco vezes menos energia, e promete revolucionar a sua casa.

No contexto da crescente preocupação com as alterações climáticas e a eficiência energética, um dispositivo revolucionário desenvolvido por engenheiros franceses promete transformar o ar condicionado, numa altura em que os verões também estão a ficar mais quentes.

O dispositivo, inventado pela startup francesa Caeli Energie, consome cinco vezes menos energia do que os sistemas de ar condicionado tradicionais.

O sistema usa uma abordagem baseada em tecnologia “Materiais de Mudança de Fase” (PCM), que absorve e liberta calor à medida que muda de estado, proporcionando um arrefecimento eficaz sem os elevados custos de energia associados ao ar condicionado convencional.

Esta tecnologia não só reduz o consumo de energia, como também elimina a necessidade de gases refrigerantes, que são prejudiciais para o ambiente.

O dispositivo baseia-se na evaporação da água para arrefecer o fluxo de ar extraído do local e o ar insuflado na divisão. Quanto mais quente estiver o exterior, mais eficazmente arrefece, ou seja, o ar expelido pela máquina é mais frio do que o ar que absorve.

A máquina tem uma potência de 2 kW, o que é quatro vezes mais eficiente do que um ar condicionado convencional, e pode arrefecer divisões entre 20 e 40 metros quadrados a uma altura de 2,5 metros.

O novo dispositivo baseia-se no arrefecimento adiabático indireto, um processo termodinâmico que arrefece uma massa de ar abaixo da sua própria temperatura.

“Duas correntes de ar fisicamente isoladas por placas são postas em movimento numa série de canais húmidos e secos que constituem o permutador de calor e de massa”, explica a empresa no seu site.

A principal vantagem deste tipo de sistema reside na sua capacidade de arrefecer uma massa de ar abaixo da sua temperatura húmida, aproximando-se da temperatura do ponto de orvalho, enquanto um arrefecedor adiabático está fisicamente limitado pela temperatura húmida.

Outras vantagens deste novo sistema incluem a sua eficiência energética, a redução da pegada de carbono e a capacidade de ser instalado numa variedade de ambientes, desde residências a escritórios e espaços industriais.

O design compacto e modular do dispositivo facilita também a sua integração nas infra-estruturas existentes sem exigir modificações significativas.

Segundo o El Confidencial, o preço do aparelho varia entre 2.500 e 3.000 euros, incluindo a instalação — um preço ligeiramente superior ao da maioria dos aparelhos de ar condicionado, mas que promete poupanças superiores a longo prazo.

ZAP //

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5 Comments

  1. O texto é particularmente confuso. Esta parte, por exemplo, está um bocado esquisita: “O primeiro (ar), que entra na sala, perde as suas calorias ao passar pelos canais secos. O outro fluxo permite extrair as calorias, molhando-as nos canais húmidos e libertando-as depois para o exterior”
    As calorias podem-se molhar?

    • Caro leitor,
      Obrigado pelo reparo. O excerto em causa está de facto confuso na fonte que consultámos (El Confidencial) e não nos foi possível esclarecê-lo no site da empresa, pelo que foi removido.

  2. Este aparelho parece um disparate e um enorme engano. Aparelhos que “pulverizam” água existem e são baratos e gastam muito menos.
    2000W é um enorme consumo de energia para o volume indicado, um AC de qualidade custa 1/3 e gasta menos (obviamente a instalação pode ser muito mais complicada).

  3. Ola amigos. 2000w é a potência frigorifica produzida, não o seu consumo. Estive a ver no site deles e o consumo varia desde 50w a 80w no seu máximo de potência absorvida. Ou seja, tem um COP de cerca de 37, o que é excelente. Este sistema não tem nada a ver com pulverizar água para o compartimento a ser arrefecido. Se assim fosse, o ambiente desse compartimento ficaria desconfortável, haveria possiveis desenvolvimentos de bolores e problemas de humidade em tudo o que fosse eletronicos e madeiras. Esta ideia está interessante porque é um sistema indireto, ou seja, a água não humedece diretamente o ar do compartimento, mas sim, esse ar e a agua estão separadas por permutadores que absorvem o calor libertado por esse mesmo ar.
    Para mim o problema, é o seu elevado consumo de água. Segundo o site, em cerca de 4 meses de uso será necessário gastar de 1 a 2 m3 de água. Se todos os sistemas de ar condicionado que existem no mundo fossem substituído por este sistema, na minha humilde opinião teriamos um impacto brutal na gestão dos recursos hídricos mundiais.

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