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Quanto mais jovens, menor a adesão à vacina. “Agendamentos forçados” são solução

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Tiago Petinga / Lusa

A adesão à vacina contra a covid-19 está a diminuir com a idade. Os serviços de saúde têm vindo a convocar os jovens que não marcaram uma data

O ritmo de vacinação contra a covid-19 está a abrandar, embora este fim de semana mais de 80 mil jovens entre os 12 e os 17 anos tenham sido vacinados. A adesão vai diminuindo à medida que a idade dos jovens desce, repara o jornal Público.

Segundo dados da task force que coordena a campanha de vacinação, apenas 64,2% dos menores com 12 anos estavam já vacinados com a primeira dose até este domingo. Nos menores com 13 anos, a percentagem sobe para 70,4%. Por sua vez, mais de 72% dos jovens com 14 anos já estão inoculados e, no caso dos jovens com 15 anos, mais de 73% já foram vacinados com a primeira dose.

Por fim, nos jovens com 16 e 17 anos, que não precisam de autorização dos pais para se vacinarem, a taxa de vacinação suplanta já os 80%.

Os pediatras mantêm-se divididos quanto à necessidade de vacinar já os adolescentes. Isto pode explicar a razão pela qual a adesão à vacinação diminui com a idade.

Henrique Gouveia e Melo calcula que, excluindo os menores de 12 anos e aqueles que não querem ser vacinados, não sobrará uma grande folga para se ultrapassar os 85% da população com a vacinação completa, a meta estipulada pelo Governo para se avançar para a terceira fase do desconfinamento.

Reduzir o intervalo de vacinação das pessoas que recuperaram da infeção é uma solução. A ideia será encurtar o período de seis meses para três meses.

As pessoas que pretendam vacinar-se contra a covid-19 podem fazê-lo em qualquer centro de vacinação de Portugal continental desde que obtenham uma senha digital da modalidade “Casa Aberta”, anunciou a task force na sexta-feira passada.

Para atrair o maior número possível de jovens, conta o Público, os serviços de saúde têm vindo a convocar os jovens que não marcaram uma data – um processo que o vice-almirante designa como “agendamentos forçados”.

Com o ritmo a abrandar, já há centros de vacinação em massa encerrados e planeia-se o desmantelamento de outros no final de setembro.

Daniel Costa, ZAP //

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