Fernando Veludo / Lusa
Depois de ter concorrido com o Aliança fundado por Santana Lopes, presidente do MPT vai integrar simbolicamente as listas da AD por Lisboa, em 25.º lugar. O programa eleitoral da AD irá incluir propostas do MPT em matéria ambiental.
Não vai fazer parte da coligação como fazia o Partido Popular Monárquico (PPM), mas o Partido da Terra (MPT) vai dar “apoio político” à nova AD, que depois de um grande vaivém com o Tribunal Constitucional vai oficialmente chamar-se “AD — Coligação PSD/CDS”.
Apesar de não ter grande expressão eleitoral — obteve apenas 4.267 votos nas últimas legislativas — o MPT, fundado em 1993, viu reconhecido o seu contributo na área da proteção ambiental. E todos os votos contam para Luís Montenegro, numas legislativas que mais uma vez se esperam renhidas.
O presidente do MPT Pedro Soares Pimenta vai integrar simbolicamente as listas da AD por Lisboa, em 25.º lugar, posição considerada inelegível, confirma o secretário-geral do PSD Hugo Soares ao Expresso.
Mas o programa eleitoral da AD irá incluir propostas do MPT em matéria ambiental, atualmente em fase de revisão.
Recorde-se que nas últimas legislativas o MPT concorreu coligado com a Aliança, partido criado por Pedro Santana Lopes, já extinto, depois de obter apenas 4.267 votos (0,07%).
Além do apoio para as legislativas, será também assinado um acordo-quadro entre o PSD e o MPT com vista às eleições autárquicas. As coligações para esse ato eleitoral serão decididas localmente, pelas estruturas concelhias.
Já o PPM de Gonçalo da Câmara Pereira fica de fora, o que forçou a alteração do nome da coligação. O nome agora considerado enganador (“Aliança Democrática”), Montenegro propôs ao tribunal o nome “AD – Aliança Democrática – PSD/CDS”, que também acabou chumbado, até que o TC aceitou “AD — Coligação PSD/CDS” por unanimidade.
Mas mesmo assim, o PPM diz que vai recorrer desta decisão para o plenário do Constitucional.
