O museu francês do Louvre, que é o mais visitado do mundo, tem um acelerador de partículas na sua cave, quer serve para ajudar a documentar, conservar e restaurar milhares de peças de arte de todo o país.
De acordo com a Boing Boing, existem três pisos do Louvre sob a alçada do Centro de Pesquisa e Restauração dos Museus de França (C2RMF). Este organismo independente do museu fornece serviços de investigação de restauro a mais de 1.200 obras de artes distribuídas por todas as galerias do país.
Para levar a cabo o seu trabalho, a C2RMF opera um acelerador de partículas de 27 metros, o AGLAE, capaz de acelerar partículas até 20% da velocidade da luz. O instrumento é utilizado para trabalhos de restauro e para resolver alguns mistérios.
Por exemplo, exemplifica a mesma fonte, o AGLAE pode determinar se uma peça esculpida com vidro veneziano antigo é realmente oriundo da cidade italiana. O acelerador permite ainda analisar as peças sem lhes causar danos, tal como explica a BBC.
De acordo com a emissora britânica, este é o único acelerador de partículas do mundo ao serviço da arte. Em novembro de 2017 foi alvo de trabalhos de melhoramento que custaram cerca de 2,1 milhões de euros.
Recentemente, uma jornalista norte-americana, Annie Minoff, relatou uma visita ao local, recordando que este tipo de equipamentos pode ser realmente útil para a arte. Através da sua conta de Twitter, Minoff publicou várias fotografias sobre o local, questionando os internautas se sabiam da existência do local.
Com 10,2 milhões de visitantes em 2018, o museu francês é o mais visitado do mundo. A maioria dos visitantes são estrangeiros, destacando-se os turistas norte-americanos, chineses, italianos, britânicos e brasileiros.