Não estava propriamente nos planos das famílias de classe média. Mas os filhos avançam – e os pais só sabem depois.
Uma nova vaga de jovens empreendedores no Vietname está a desafiar as expectativas familiares tradicionais ao abrirem… cafés.
É uma “revolução” à vista, descreve o portal Raw Story, que começa a deixar o exemplo de Vu Dinh Tu, que trabalhava no mundo das finanças (e ganhava bem), mas depois abriu um café na capital Hanói. E nem disse aos pais.
Apesar do “não” que viria da família, essa decisão foi um sucesso: já não é um café, são cinco. Todos com ambientes elegantes, com clientes fiéis.
Mas isto vai contra o que seria suposto numa família tradicional no Vietname – e noutros países, diga-se.
A ideia normal é os pais incentivaram os seus filhos a seguir carreiras estáveis em áreas como medicina ou direito.
No entanto, o café tornou-se um símbolo de criatividade e autoexpressão para a geração mais jovem.
Segundo Sarah Grant, professora no Vietname, os cafés – esta evidente quebra do molde das carreiras convencionais – são um espaço para artistas, designers e músicos se reunirem.
A cultura do café no Vietname remonta à década de 1850, durante o domínio colonial francês. Hoje, este país asiático é o segundo maior exportador de café do mundo.
Empreendedores como Vu Dinh Tu orgulham-se desta herança de café do Vietname e da sua crescente influência global.
Nguyen Thi Hue, outra jovem empreendedora, gere um Slow Bar sozinha em Hanói; e diz que preparar um café é uma forma de arte.
Para muitos, abrir um café é visto como um negócio moderno e potencialmente lucrativo, especialmente atraente para clientes mais jovens e atentos à moda.
A indústria do café do Vietname está avaliada em 365 milhões de euros – e continua a crescer.
E quem manda no mercado são os cafés locais. Marcas globais como a Starbucks têm dificuldade em entrar.
Para empreendedores como Vu Dinh Tu, o café é mais do que uma tendência – é uma carreira séria.