Apesar das restrições desde 2022, o número de abortos nos EUA tem vindo a aumentar. Proibir continua a não impedir ninguém.
Os abortos nos EUA aumentaram desde que o Supremo Tribunal retirou a garantia federal do direito à interrupção voluntária da gravidez, em 2022, permitindo a 22 estados implementar restrições legais.
Segundo a Sociedade de Planeamento Familiar (SFP), num estudo publicado esta quarta-feira, ocorreram em média 98.990 abortos por mês no primeiro trimestre de 2024, um número superior ao de 2022 e 2023.
Esta organização atribui grande parte deste aumento às pílulas abortivas obtidas através de consultas à distância.
A proporção de abortos realizados desta forma aumentou de 4 para 20% a nível nacional, desde 2022.
Em junho de 2022, a maioria conservadora no Supremo Tribunal, resultante das nomeações do ex-presidente republicano Donald Trump, pôs fim à proteção federal do direito ao aborto, abrindo caminho à adoção de legislação muito restritiva, chegando mesmo à proibição total em vários estados conservadores.
Mas proibir não impede ninguém
Os estados liderados pelos democratas, pelo contrário, decidiram implementar “leis de proteção” para proteger os médicos que dão consultas à distância em benefício dos doentes nos estados alvo de uma proibição.
Segundo a SFP, foram realizados em média 9.200 abortos sob a proteção destas leis entre janeiro e março de 2024, um aumento de 16% em relação ao trimestre anterior.
O estudo da Planned Parenthood mostra também quedas significativas no número de abortos nos estados que aprovaram restrições ou proibições desde 2022, sendo as maiores no Texas, Georgia, Tennessee, Louisiana e Alabama.
O direito ao aborto, e os direitos reprodutivos, em geral será um dos principais temas da campanha presidencial norte-americana, tendo-se a candidata presidencial democrata, Kamala Harris, comprometido a restabelecer a proteção a nível federal caso seja eleita.
Kamala Harris critica regularmente o rival republicano, Donald Trump, pelo papel que desempenhou na nomeação de três juízes conservadores para o Supremo Tribunal antes da mais alta instância judicial nos EUA tomar a sua decisão em 2022.
// Lusa
Pensar que a dias vi uma a se gabar que já tinha feito 40+…. Estás mulheres encaram o ….. como um contracetivo e usam de forma vulgar e os contribuintes a pagar. Já agora lá fazem …… fetos/crianças com 9 meses….
Não se podem matar crianças só porque sim. O embrião/feto também tem direito à vida.
Se não querem ter filhos, não os façam, pá! Assassinos. Bloquistas, pois claro.
É verdade… Eu tenho visto por aí muitos no mundo da política…
Sim! Muitos da política que nós temos gramado, de há 50 anos a esta parte, mais valia que as mães tivessem feito os ditos cujos…!