“Estamos a enviar uma mensagem a todas as mulheres: o vosso corpo pertence-vos”, disse o primeiro-ministro Gabriel Attal.
Agora é oficial: a França é o único país que tem o direito ao aborto na sua Constituição.
O “dia histórico” decorreu nesta segunda-feira, num Congresso realizado em Versalhes.
A inclusão do direito ao aborto já tinha sido aprovada pela Assembleia Nacional e pelo Senado.
O projecto-de-lei foi aprovado no Congresso com uma maioria esmagadora dos deputados e senadores, com 780 votos a favor e 72 contra.
O Congresso francês aprovou a alteração ao artigo 34.º da Constituição francesa, que agora passa a garantir “a liberdade das mulheres de recorrer à interrupção voluntária da gravidez”.
Assim, a França é o único país do mundo a garantir a interrupção voluntária da gravidez como um direito na lei fundamental.
Historicamente, lembra o canal Euronews, só a Jugoslávia tinha sido uma excepção. A Carta Magna, na constituição de 1974, já incluía o direito ao aborto.
“Acima de tudo, estamos a enviar uma mensagem a todas as mulheres: o vosso corpo pertence-vos e ninguém tem o direito de dispor dele no vosso lugar”, reagiu o primeiro-ministro de França, Gabriel Attal.
Do Vaticano chegou outra reacção, ainda antes da aprovação no Congresso. A Pontifícia Academia para a Vida, do Vaticano, “reitera que precisamente na era dos direitos humanos universais não pode haver um ‘direito’ de suprimir a vida humana“, lê-se em comunicado.
“A protecção da vida deve tornar-se uma prioridade absoluta, com passos concretos a favor da paz e da justiça social, com medidas eficazes para o acesso universal aos recursos, à educação e saúde”, acrescenta o documento.
O Vaticano que arrume e limpe a casa, que bem precisa. Que deixe de pretender interferir e mandar na vida das pessoas, que nada lhes devem, antes pelo contrário.
Eles é que nadam na abundância, que ao longo dos séculos suprimiram aos pobres de espírito.
Enfim.. religiões… O cancro das sociedades em todo o mundo, cujo núcleo se constitui pela peçonha que as gerou.
Se tivesse-mos en conta tudo o que não pode ou não deveria acontecer dentro da Instituição Católica e Vaticano , também a Constituição Francesa poderia repudiar muitas ações e decisões !