Katheryn Deprill / Facebook
Katheryn Deprill procura a mão que a abandonou há 27 anos numa casa de banho do Burger King
Uma imagem publicada pela americana Katheryn Deprill, de 27 anos, na sua página do Facebook já foi compartilhada quase 20 mil vezes. Na foto, ela aparece segurando um cartaz em que pede ajuda para encontrar sua mãe biológica.
Redes sociais como o Facebook tornaram-se nos últimos anos uma ferramenta eficaz na reunião de pessoas que perderam o contacto por diferentes motivos como pais e filhos separados por divórcios ou adoções.
E foi através do Facebook que Katheryn Deprill, mãe de três filhos, virou notícia pela segunda vez na sua vida. Habitante da pequena vila de South Whitehall Township, na Pensilvânia (EUA), Katheryn foi abandonada pouco depois de nascer na casa-de-banho de um restaurante de fast food Burger King. O caso foi publicado pela imprensa americana e Katheryn ficou conhecida como “o bebé do Burger King“.
Hoje, Katheryn volta aos holofotes da imprensa com o sucesso, para ela inesperado, da campanha que lançou na sua página no Facebook.
“Até hoje, acho que falta uma parte de mim”, disse à CNN.
No seu álbum de fotos de criança há diversos recortes de jornais com as notícias de quando ela foi encontrada na casa de banho do restaurante. “Um cliente ouviu-me chorar e avisou os funcionários, que me encontraram no chão”, acrescentou.
Uma história com final feliz?
Katheryn foi encaminhada à adoção e acabou acolhida pela família de Brenda Hollis, que só lhe contou as circunstâncias trágicas de suas primeiras horas de vida na adolescência. A mãe adotiva apoia a decisão da jovem e afirma que está entusiasmada com a procura pela mulher que deu à luz a sua filha.
Katheryn diz ainda que há inúmeras razões por trás de sua iniciativa. Uma delas é conhecer seu histórico médico.
“Quero vê-la e perguntar-lhe por que me abandonou. Também quero saber se tenho algum irmão ou irmã e se eles se parecem comigo”, afirmou.
“Não estou a tentar substituir os meus pais e os meus irmãos, porque tive a melhor infância do mundo”, explica, e diz que não tem rancor de sua mãe biológica. “Na verdade, quero dizer-lhe obrigada por não me ter abandonado no lixo”, acrescentou.
“Espero poder encontrá-la e dar-lhe um abraço depois de tantos anos”.
ZAP / BBC
