A intensa atividade do Sol pode aumentar o risco de “tempestades solares canibais”

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Nos dias 3 e 4 de novembro, a Terra foi atingida por uma tempestade geomagnética, o resultado de uma série de explosões solares que aconteceram nos dias 1 e 2 do mesmo mês.

A nossa estrela está a acordar e pode vir a fazer estragos. Após ter saído do mínimo solar, em dezembro de 2019, o Sol deu início ao Ciclo Solar 25 e, desde então, tem estado bastante ativo.

Uma grande erupção de massa coronal (EMC) do início deste mês criou tempestades geomagnéticas, pelo que o caminho até ao máximo solar, em 2025, pode estar cheio de eventos deste tipo.

Bill Murtagh, coordenador no Space Weather Prediction Center (SWPC) do National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), disse à Space que é preciso ter em conta que existe o perigo de as erupções de massa coronal serem libertadas em cadeia, uma após a outra.

Neste cenário, mesmo que as erupções não sejam muito poderosas, seria mais difícil de prever e de preparar a chegada de uma série delas.

Antes de baterem no campo magnético do nosso planeta e, depois, na atmosfera, estas ondas de plasma atravessam os 150 milhões de quilómetros entre o Sol e a Terra e têm o potencial de danificar satélites, dispositivos eletrónicos e alterar a comunicação via rádio.

“Tempestades solares canibais”

O portal explica que uma ejeção de massa coronal – bolhas de material solar que o Sol por vezes rebenta – pode crescer no caminho que faz no Espaço.

A tempestade geomagnética deste mês, por exemplo, teve origem numa série de explosões que se fundiram quando uma ejeção se moveu mais rapidamente do que a sua antecessora.

“Essa primeira EMC percorreu essencialmente cerca de 150 milhões de quilómetros e quase abriu caminho para que outras EMCs se seguissem“, disse Murtagh. “Por vezes usamos o termo ‘canibalizar’ o que está à frente.”

Uma erupção de massa coronal “canibal” podia causar grandes estragos.

Até agora, os eventos resultantes destas tempestades podem ser monitorizados, mas caso se dê o fenómeno de uma EMC canibal – onde vários jatos se juntam – as tempestades geomagnéticas podem interferir na infraestrutura da Terra, afetando os sistemas de comunicação e dispositivos elétricos.

A força de uma tempestade deste tipo depende tanto do tamanho da ejeção como da forma como os dois campos magnéticos se alinham. De qualquer das formas, há consequências – a começar pelo facto de ser muito difícil prepararmo-nos para um evento assim.

O Evento Carrington, em 1859, foi a tempestade geomagnética mais forte desde que há registo. Se acontecesse hoje, os danos seriam muito mais preocupantes.

Por esse motivo, os cientistas têm feitos vários apelos para que os governos e as empresas atualizem os sistemas atuais, de modo a torná-los mais resistentes contra estes fenómenos.

ZAP //

1 Comment

  1. Bom dia! Tudo bem?
    Eu li a matéria inteira, assisti ao vídeo e tenho uma dúvida: mesmo com todas essas adversidades que a Terra, sofreu e que ainda sofrerá, isso pode ser maléfico para a saúde humana? Se for, eu gostaria de saber se tem alguma forma de se prevenir.
    Minha outra dúvida é se essas erupções solares podem trazer de alguma forma, algum benefício para o planeta Terra?

    Obrigado!

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