A febre da cerâmica está a descontrolar-se – e a culpa é de Portugal

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A cerâmica portuguesa voltou a estar na moda. E não é só em Portugal. Em, Espanha há uma febre nunca antes vista deste artesanato português.

Os pratos modernos – lisos, brancos e “sem sal” – estão a começar a ficar de lado.

Seja em casa ou nos restaurantes, são as louças em cerâmica – trabalhadas, coloridas e cheias de “sabor” – que voltam a entrar na moda. E não é só em Portugal.

De acordo com o El Confidencial, a febre da cerâmica já chegou a Espanha.

Ao jornal espanhol, Romina Nion, de 37 anos, proprietária de uma das mais conhecidas lojas de cerâmica em Espanha, conta como Portugal lhe despertou a paixão pela cerâmica e foi uma inspiração para começar um negócio.

“Adorava ir a Portugal e escolher os utensílios de mesa mais originais. Todos os meus amigos adoravam. Foi aí que vi o negócio”, contou a dona de La Mercadería.

Romina começou por fazer pequenas vendas em La Coruña, em 2022. O fascínio das pessoas por aquele tipo artesanato fez-se notar de tal maneira que hoje a empresária já tem 17 lojas em toda a Espanha (quatro em Madrid), orgulhando-se de ter “começado um tipo de negócio que não existia”, naquele país.

Martha Blanco, de 56 anos, é outra das precursoras da “empreendedorismo da cerâmica” em Espanha. Ao mesmo jornal, a venezuelana, filha de pais galegos conta que a culpa é de Portugal.

“Tornou-se a minha paixão. Sempre que podia, ia a Portugal escolher pratos, chávenas e até panos de linho para trazer para Madrid”, recorda.

Martha conta que a paixão pela cerâmica vem deste a infância, e prova de que nunca é tarde para se seguir um sonho: “Depois da pandemia, decidi seguir a minha paixão pela cerâmica e trazer um pedacinho de Portugal para Madrid”.

Nova paixão madrileña

Como conta o El Confidencial, as cerâmicas são uma nova paixão em Madrid.

“Queremos dar uma segunda oportunidade a estas peças únicas pelas quais os madrilenos se apaixonaram“, diz Martha Blanco, que tem duas lojas na capital espanhola, além de uma em Barcelona e em Saragoça.

Martha já notou que os espanhóis já começam a mudaram o seu conceito do que deve ser a loiça de mesa: “Já ninguém quer 12 talheres iguais. Querem poder fazer combinações e não ver sempre a mesma coisa”, e isso nota-se, porque “os clientes querem ser sempre os primeiros a ver as novidades que trazemos de Portugal.

ZAP //

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