Michael Masi afastado, Eduardo Freitas será um dos novos directores de corrida. Vem aí um “novo passo na arbitragem”.
É raro falar-se sobre arbitragem na Fórmula 1, mas esse foi o assunto principal no comunicado de Mohammed Ben Sulayem, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).
O líder da federação apresentou em Londres um plano que quer mudar vários aspectos no que diz respeito ao controlo e à supervisão de corridas.
A primeira de quatro medidas principais é criar uma espécie de vídeo-árbitro, como existe em diversas modalidades. O controlo virtual de corridas será implementado, com acesso a imagens de vídeo e a outras tecnologias, para ajudar “em directo” o director de corrida.
As comunicações via rádio vão continuar mas deixarão de ser transmitidas em directo pela televisão. Esta segunda medida pretende “retirar pressão” ao director de corrida. Mantêm-se as perguntas em directo ao responsável pela prova, mas seguindo um processo “bem definido e que não seja intrusivo”.
A terceira alteração está relacionada com os pilotos com voltas em atraso. O processo de recuperar essa volta vai ser reavaliado pelo comité consultivo desportivo da Fórmula 1.
E a última medida envolve um português. Michael Masi deixou de ser o director de corridas. Vai ser substituído, alternadamente, por Niels Wittich e Eduardo Freitas, ambos com a colaboração de Herbie Blash.
Eduardo Freitas é um director de corridas experiente, quer nas famosas 24 horas de Le Mans, quer no Mundial de Endurance.
Michael Masi, que era director de corrida desde Março de 2019, vai ter a oportunidade de continuar na FIA. Mas não é certo que aceite o novo cargo (não revelado).
“Com este plano, a FIA abre caminho para um novo passo na arbitragem da Fórmula 1. Sem os árbitros, não há desporto. Respeito e apoio dos árbitros é a essência da FIA”, explica o presidente da federação.
Todas estas mudanças acontecem por causa dos últimos minutos do campeonato de 2021, no Grande Prémio de Abu Dhabi.
Com o safety car em pista, só alguns pilotos atrasados tiveram autorização para recuperar a volta (o que permitiu que Max Verstappen ficasse “colado” ao então líder Lewis Hamilton) – e o mesmo safety car só costuma sair uma volta depois de todos os carros atrasados recuperarem esse atraso; não aconteceu nessa corrida, o carro de segurança saiu a uma volta do final da corrida e Verstappen foi campeão, ao ultrapassar Hamilton na última volta. Com o safety car em pista até ao final, Hamilton teria sido o campeão.
A F1 cada vez mais duvidosa, como a palhaçada do futebol!…
Tenho para mim que há safety car a mais nos GP’s. No fim acabam a decidir o resultado das provas.