Uma equipa de investigação brasileira criou uma película aderente feita à base de frutos e legumes que é comestível e biodegradável.
Película aderente está geralmente à mão em qualquer cozinha, quer para embalar alimentos frescos quer para conservar os restos da refeição passada.
Feito à base de petróleo, este é mais um dos muitos plásticos que acaba sempre por ir parar ao caixote do lixo, demorando quase 400 anos para se decompor na natureza.
Para tentar reverter esta situação, investigadores brasileiros criaram um novo tipo de película aderente, desta vez amigo do ambiente, feito a partir de alguns frutos e legumes. Entre os ‘materiais’ usados estão a beterraba, o mamão, o maracujá, a goiaba, o tomate e espinafres por exemplo.
“Conseguimos desenvolver uma fórmula que junta as propriedades de flexibilidade dos plásticos sintéticos com as propriedades nutritivas dos alimentos”, explicou Luiz Henrique Mattoso, coordenador da pesquisa, ao Jornal Nacional.
Esta película pode ser usada, tal como a tradicional, para conservar alimentos. O ‘plástico’ é comestível e biodegradável – decompõe-se em cerca de três meses – e ainda pode ser reaproveitado como adubo.
Além disso, este novo material consegue conservar os alimentos o dobro do tempo do plástico habitual e é três vezes mais resistente.
A pesquisa foi desenvolvida pela empresa brasileira Embrapa durante oito anos e com um investimento de cerca de 200 mil reais, 45 mil euros aproximadamente.
ZAP / Hypeness