Depois do Apito Dourado, a justiça volta a suspeitar de Pinto da Costa. O presidente portista terá utilizado ilegalmente os serviços de uma empresa de segurança privada para vigiar os futebolistas profissionais. Bruno de Carvalho estará do lado da acusação.
O Ministério Público acredita que o presidente azul e branco contratou, por diversas vezes os serviços de segurança da empresa de segurança privada SPDE, apesar de saber que a mesma não podia exercer a atividade, avançam esta segunda-feira o Correio da Manhã e o Diário de Notícias.
Já se sabia, desde o início de dezembro, que o dirigente poderia ser arguido no processo que investiga uma rede de segurança ilegal e de extorsão que dominava a noite do Porto.
Para além de assegurar ilegalmente a segurança privada de Pinto da Costa e das instalações do estádio do Dragão, a SPDE – liderada por Eduardo Silva, conhecido na noite do Porto como “Edu” ou “Maestro” – estaria ainda encarregada de vigiar os jogadores da equipa principal e transmitir informações aos homens fortes do FC Porto.
Os contactos entre a empresa e o clube nortenho terão sido conduzidos por Antero Henriques, diretor-geral da SAD portista, que alegadamente seria um “sócio oculto” da empresa de segurança e o principal interlocutor de Edu no clube.
Pinto da Costa poderá ir a julgamento, apesar de, de acordo com o DN, não ter sido notificado para o efeito até ontem ao final da noite. O presidente portista terá de responder pelo crime mais leve na lista que envolve as suspeitas desta investigação: recurso a atividade ilegal de segurança privada. O jornal i faz as contas à moldura penal e adianta que Pinto da Costa arrisca uma pena de prisão até dois anos ou uma multa até 240 dias.
Muitos dos arguidos acusados na Operação Fénix são suspeitos de crimes como extorsão, ofensas à integridade física, associação criminosa e detenção ilegal de arma.
Os investigadores suspeitam que Antero Henriques, que é apontado como o provável sucessor de Pinto da Costa, encomendava à SPDE a vigilância de jogadores e de funcionários do clube e ainda a cobrança de dívidas e extorsões.
Também Bruno de Carvalho, presidente do Sporting, chegou a ser investigado, mas a imprensa avança que ficará apenas como testemunha no processo.