Uma das dez maiores petrolíferas do mundo, a Kuwait Petroleum, quer assegurar, até 2020, uma rede mínima de 50 estações de serviço em Portugal.
A notícia, avançada esta segunda-feira pelo Diário de Notícias, dá conta de um investimento de 50 milhões de euros por parte da Kuwait Petroleum, sob a marca Q8, com o objetivo de estabelecer, até 2020, uma rede mínima de 50 estações de serviço em Portugal.
“Portugal é um mercado de tal forma fechado e dominado pelas grandes companhias que, se queríamos crescer, teríamos de importar diretamente a matéria-prima. E assim surgiu a nossa associação à Kuwait Petroleum”, explicou Pedro Lopes, diretor-geral da Vapo Atlantic, o distribuidor exclusivo da Q8, em conversa com o DN.
“Somos já o segundo maior cliente da Q8 em Espanha, importamos qualquer coisa como 40 mil milhões de litros ao ano. Quando a Kuwait Petroleum entendeu expandir o negócio na UE, só tivemos de os convencer a olhar para o mercado ibérico como um todo, em vez de se concentrarem apenas em Espanha”, afirmou Daniel Carvalho, o outro sócio da empresa.
A maior parte dos pontos de venda Q8 vão surgir por via de aquisição, arrendamento ou exploração de outros postos já existentes, no entanto, também está prevista a construção de novas áreas.
A dupla de empresários quer competir de forma direta com as grandes petrolíferas e, por isso, promete preços mais competitivos para se afirmar no mercado.
“A nossa intenção assenta numa melhor distribuição das margens pela cadeia de valor, ao contrário do que se verifica atualmente com os grandes operadores”, afirma a dupla.
A empresa, que vai trabalhar com base no Platts, o índice dos combustíveis no mercado internacional, quer apresentar os melhores preços de uma forma diária.
“Hoje, o preço no mercado até pode cair um dólar por barril que os consumidores em Portugal vão sempre pagar o mesmo até à segunda-feira seguinte. Nós vamos mexer no preço todos os dias se se justificar”.
“É essa elasticidade que nos torna competitivos. Garantimos aos revendedores que, se estão a comprar com 20 cêntimos de desconto ao fornecedor habitual, nós iremos oferecer pelo menos 21 cêntimos”.
O objetivo da empresa é associar preços ‘low-cost’ a uma das dez maiores petrolíferas do mundo, garantindo assim que não se perde a credibilidade da marca.
“Muitas vezes as pessoas veem o preço baixo e desconfiam por ser uma marca branca. Há quem não abasteça nos hipermercados porque não sabe a proveniência dos combustíveis. Aqui, é a imagem de uma companhia associada aos preços mais baixos do mercado”, conta um dos sócios ao mesmo jornal.
A Kuwait Petroleum chega oficialmente ao nosso país esta segunda-feira, com o primeiro posto de combustível a ser inaugurado em Azurém, Guimarães.
ZAP
Que venham e que acabem com o cartelismo actual.
Ui em Portugal não acredito pois vão entrar na panelinha com todos os outros como é habito por cá, já a electricidade e gás era igual e ao fim destes anos estão todos na mesma jogada para fode……. o pobre.
Que venham para cá! Agora espero que não copiem e não se viciem nas empresas que cá estão e não metam os mesmos preços das outros companhias….As ideias podem até ser boas, mas quando chegam a Portugal, existe sempre alguém que de uma maneira ou de outra, as estragam…
Se for para acabar com a cartelização das petrolíferas que operam em Portugal, sejam bem vindos, de contrario, se for para serem apenas mais um depressa rebentam.