Cientistas russos encontraram duas crias do leão das cavernas, uma descoberta que pode trazer grandes avanços no que se sabe sobre esta espécie já há muito extinta da Terra.
Foi durante o verão que duas crias do leão das cavernas foram encontradas debaixo da superfície do Círculo Polar. O achado foi divulgado esta semana pela Academia de Ciências de Yakútia e traz excelentes notícias, conta a Sputnik.
Esta espécie está extinta há tanto tempo, mais de 300 mil anos, que desapareceu ainda antes dos mamutes. Até hoje, sabia-se tão pouco sobre o leão das cavernas que os cientistas nem conheciam se tinha juba e de que cor era o seu pelo.
Agora, esta descoberta, feita pelo academia situada no nordeste da Rússia, vai permitir um grande avanço no estudo destes animais e quem sabe chegar a um processo de clonagem.
“Em primeiro lugar, vamos formar uma equipa para estudar o ADN destas crias. A questão da clonagem só vai surgir depois da análise dos resultados”, sublinha Albert Protopopov, o vice-diretor do departamento de estudos da fauna de mamutes da respetiva academia.
“Para já, ainda não foi encontrado material genético apropriado para esse processo. Não podemos portanto colocar essa hipótese antes de examinar a integridade do material genético destas criaturas”, explica.
Segundo o investigador, os primeiros resultados da análise só vão estar prontos daqui a um ano e vai ser possível perceber se estas crias foram “descongeladas ou não”.
“O exame inicial mostrou que as crias não tinham dentes de leite, o que significa que estes filhotes não têm mais do que um mês de idade. Ainda não conseguimos identificar o sexo de cada um”, disse.
Outros exemplares desta espécie já tinham sido descobertos há mais tempo mas nunca tinham sido encontrados com o corpo inteiro e tão bem preservados, algo que só foi possível graças à profundidade do solo em que se encontravam.
ZAP / Sputnik