Na União Europeia, as mulheres ganham, em média, menos 16,2% do que os homens, o que significa que trabalham “gratuitamente” 59 dias por ano, divulgou hoje a Comissão Europeia, que assinala uma estagnação neste indicador.
Os dados hoje divulgados registam, por outro lado, que a diferença salarial recuou ligeiramente em Portugal, invertendo a tendência de crescimento que se verificava desde 2008.
Na comparação com o ano passado, a diferença salarial não sofreu qualquer alteração na média da UE, mas diminuiu 0,3 pontos em Portugal.
Mas a comparação a cinco anos, com os valores de 2008, mostra que, se na média a UE a diferença caiu 1,1 pontos percentuais, de 17,3 para 16,2, em Portugal, pelo contrário, o fosso cresceu 3,3 pontos.
As percentagens das diferenças entre salários nos Estados-membros variam entre os 27,3% a menos para as mulheres na Estónia e os 2,3% na Eslovénia.
A Áustria (23,7%), a Alemanha (22.2) e a República Checa (21.0) são, depois da Estónia, os países com maior diferença salarial.
No outro extremo, depois da Eslovénia, estão a Polónia (4,5%), a Itália (5,8) e Malta (6,0%).
/Lusa