Constitucional confirma rejeição de candidatura de António Araújo à Câmara do Porto

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Fernando Veludo / Lusa

António Araújo é diretor do Serviço de Oncologia da Unidade Local de Saúde de Santo António

Movimento de apoio à candidatura do médico portuense, “a única verdadeiramente independente”, critica a decisão, considerando que, tendo sido vedada a recontagem das assinaturas entregues, “a última esperança residia na total imparcialidade do Tribunal Constitucional”.

O Tribunal Constitucional julgou esta sexta-feira improcedentes os recursos apresentados pela candidatura independente de António Araújo à Câmara do Porto após o Tribunal da Relação a ter rejeitado por assinaturas insuficientes, revela o acórdão a que a Lusa teve acesso.

“Nestes termos, e por todos os fundamentos expostos, decide julgar-se improcedentes todos os recursos, assim se confirmando a decisão de rejeição das candidaturas apresentadas pelo Grupo de Cidadãos Eleitores designado por “António Araújo — Fazer das tripas coração”.

António Araújo é diretor do Serviço de Oncologia da Unidade Local de Saúde de Santo António, e fundador do movimento Porto com Porto. Apresentou em maio a sua candidatura à presidência da autarquia portuense, citando habitação, mobilidade e segurança como prioridades.

A 26 de Agosto, o Tribunal da Relação do Porto rejeitou a candidatura apresentada invocando, segundo o acórdão, que das 4.000 assinaturas necessárias, foram apenas apresentadas 1.800.

Em comunicado enviado à Lusa após divulgação da decisão, o Movimento “António Araújo – Fazemos das Tripas Coração” reagiu à decisão, assegurando terem sido entregues “muito mais que o número mínimo de assinaturas exigido”, sublinhando que “tendo sido vedada a recontagem, a última esperança residia na total imparcialidade do Tribunal Constitucional”.

“Lamentavelmente, este órgão indeferiu o nosso recurso, o que, sendo o último reduto na defesa e cumprimento da lei, significa que não poderemos continuar com a nossa candidatura à Câmara Municipal nem à Assembleia Municipal do Porto”, lê-se no comunicado.

Ao longo deste processo, continua a nota de impressa, a “candidatura sofreu as mais diversas pressões para não avançar, tanto pelos candidatos das diferentes forças partidárias, como por meros ajudantes de campo que, de forma insistente, tentavam ‘comprar’ a nossa desistência”.

O movimento afirma “não querer acreditar que a justiça sofra destes tipos de pressão”, e acrescenta que “teme que a dificuldade acrescida que todos os movimentos independentes possuem para conseguir apresentar uma candidatura, não seja mais que obstáculos determinados — legislativamente — pelos partidos políticos que temem a ascensão de grupos de cidadãos activos“.

“Lembramos que esta era a única candidatura verdadeiramente independente que, ao contrário de outros pseudo-independentes, nunca cedeu as insistentes tentativas de apoio, feitas por dois grandes partidos políticos”, continua a reacção do movimento, que se reafirma ter “nascido do espírito apartidário, liberal e inovador que tão bem caracteriza o portuense”, nota o movimento.

“Podem contar com o permanente escrutínio e apresentação de soluções para a cidade que é de todos, o Porto. Apesar de tudo, e dos tantos que não o querem, vamos continuar a fazer das tripas coração pela Invicta!”, conclui.

As eleições autárquicas estão marcadas para 12 de Outubro, estando á confirmadas 12 candidaturas à presidência da Câmara do Porto.

Além do actual vice-presidente Filipe Araújo (movimento independente), concorrem Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU), Nuno Cardoso (Porto Primeiro —​ coligação NC/PPM), Pedro Duarte (PSD/IL/CDS-PP), e Miguel Côrte-Real (Chega), e Sérgio Aires (BE).

Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (Partido Liberal Social) completam o lote de candidaturas. Aníbal Pinto, que era candidato pelo Nova Direita, desistiu da candidatura em meados de Agosto.

O actual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.

// Lusa

1 Comment

  1. Se é assim então as Eleições Autárquicas para a Câmara Municipal do Porto não se podem realizar, devendo as mesmas ser suspensas até que as entidades competentes investiguem e esclareçam quem é que está a sabotar esta candidatura.
    É preciso que se entenda que esta situação é muito grave, as declarações do Sr.º Dr.º António Araújo indicam que há claramente boicote à sua candidatura por parte do regime, do Tribunal da Relação do Porto e do Tribunal Constitucional, partidos políticos, falsos movimentos de “independentes”, e forças ocultas, um homem que dá a cara e vem a público expor tudo isto é porque tem razão.
    As Eleições Autárquicas de 2025 para a Câmara Municipal do Porto têm de ser suspensas, faço um apelo aos Portuenses, às aristocracias Portuenses e da Região Norte, assim como a todos os Nortenhos, para que entendam que aquilo que se está passar é muito grave e tem de ser apurado e corrigido..

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