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Caças MIG-29 da Força Aérea da Polónia
Caças polacos dispararam contra drones russos, após uma “violação sem precedentes” do espaço aéreo da Polónia. Aconteceu na madrugada desta quarta-feira, durante um ataque russo à região oeste da Ucrânia. É a primeira vez que a Polónia dá uma resposta militar.
O Comando Operacional das Forças Armadas da Polónia anunciou que abateu drones russos.
Quando as forças armadas polacas deram conta de um “ato de agressão” com 19 objetos voadores a invadir o seu espaço aéreo, o comando operacional do país deu “imediatamente início aos procedimentos defensivos, anunciando o envio de aeronaves polacas e aliadas.
De recordar que a Polónia faz parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
“O exército utilizou armas contra esses objetos”, confirmou, na rede social X, o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.
“As forças polacas e aliadas monitorizaram dezenas de objetos por radar e, considerando aqueles que poderiam representar uma ameaça, o Comandante Operacional das Forças Armadas Polacas decidiu neutralizá-los“, indicou o comando, também na sua conta na rede social X.
Além disso, a mesma fonte especificou que “alguns dos drones” que invadiram o espaço aéreo polaco foram abatidos e “estão a ser envidados esforços para localizar os possíveis locais de impacto desses objetos”.
“Violação sem precedentes”
“Na sequência do ataque pela Federação Russa ao território ucraniano, ocorreu uma violação sem precedentes do espaço aéreo polaco por drones. Trata-se de um ato de agressão que criou uma ameaça real à segurança dos nossos cidadãos”, salientou o comando operacional.
Numa publicação anterior, o Comando Operacional informou que o espaço aéreo polaco foi “repetidamente violado por objetos do tipo drone”, lançados pela Federação Russa contra alvos em território ucraniano durante a madrugada.
O comando polaco mencionou que as áreas ameaçadas foram as províncias orientais de Podlaquia, Mazóvia e Lublin, e convidou a população a “ficar em casa” durante o desenrolar das operações militares.
O ministro da Defesa polaco, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, também anunciou que a aviação disparou contra “objetos hostis”, após “violações” do espaço aéreo da Polónia durante um ataque russo na região oeste da Ucrânia.
“Os caças [polacos] utilizaram as armas contra os objetos hostis. Estamos em contacto permanente com o comando da NATO“, indicou o ministro numa mensagem na rede social X.
Polónia invoca 4.º do Tratado da NATO
Na sequência destes ataques, o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, anunciou que vai invocar o artigo 4.º do Tratado da NATO, que prevê consultas entre todos perante ameaças à segurança de um dos Estados-membros, na sequência da violação do seu espaço aéreo por drones russos.
De acordo com o artigo em causa, os Estados da NATO “devem consultar-se mutuamente quando, a critério de qualquer um deles, a integridade territorial, a independência política ou a segurança de qualquer uma das partes estiver ameaçada”.
Donald Tusk acusou a Rússia de “provocação em grande escala”; e afirmou que, desde a II Guerra Mundial, a Polónia nunca tinha estado tão próxima de um conflito armado.
“Não tenho razões para afirmar que estamos à beira da guerra, mas foi ultrapassada uma linha e é incomparavelmente mais perigosa do que antes (…) Esta situação coloca-nos o mais próximo de um conflito aberto desde a II Guerra Mundial”, disse, citado pela Sky News.
NATO entrou em ação
A NATO anunciou ter ajudado a Polónia a abater os drones russos que invadiram o espaço aéreo polaco.
O dispositivo da Força Aérea polaca e da NATO foi colocado em alerta para garantir a segurança do espaço aéreo da Polónia.
“Aeronaves polacas e aliadas estão a operar no nosso espaço aéreo, enquanto os sistemas de defesa aérea e reconhecimento por radar baseados em terra foram colocados em estado de alerta máximo”, anunciou o comando operacional da Polónia numa publicação na mesma rede social.
Numa publicação feita nas redes sociais, a porta-voz do secretário-geral da NATO, Mark Rute, confirmou estar em contacto com as autoridades polacas e disse que as defesas aéreas da NATO ajudaram a Polónia.
O primeiro-ministro polaco indicou que o secretário de Estado norte-americano, Mark Rubio, também está em “contacto constante” com o Presidente do país, Karol Nawrocki, e o ministro da Defesa, que esteve em Londres para participar numa reunião com quatro colegas europeus na quarta-feira.
Desta vez, Polónia atacou
Esta situação obrigou ao encerramento temporário de quatro aeroportos: o Aeroporto Chopin de Varsóvia, o Aeroporto de Varsóvia-Modlin, o Aeroporto de Rzeszów-Jasionka e o Aeroporto de Lublin, a maioria dos quais pôde reabrir ao início desta manhã.
O público foi avisado de que, caso encontre drones abatidos ou fragmentos dos mesmos, não deve aproximar-se, tocar-lhes ou movê-los até que sejam inspecionados por esquadrões antibombas.
Em agosto, Varsóvia enviou uma nota de protesto a Moscovo na sequência da queda e explosão de um drone no leste do país, classificando o incidente como uma “provocação deliberada”.
Mas, desta vez e pela primeira vez, a Polónia reagiu diretamente contra os “objetos hostis”.
O Presidente polaco, Karol Nawrocki, considerou na terça-feira que Vladimir Putin está pronto para invadir outros países depois da Ucrânia, durante uma visita de Estado à Finlândia.
“Enquanto esperamos, é claro, por uma paz duradoura, uma paz permanente, que é necessária para as nossas regiões, pensamos que Vladimir Putin está pronto para invadir também outros países”, declarou o Presidente nacionalista polaco, recentemente eleito.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, já reagiu, considerando que este é “um precedente muito perigoso para a Europa”.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen no discurso sobre o Estado da União, esta quarta-feira, denunciou uma “imprudente violação sem precedentes” de drones russos no espaço aéreo polaco, manifestando “total solidariedade” da UE com a Polónia.
Os Governos da Suécia, Noruega e Letónia consideraram inaceitável a violação do espaço aéreo polaco pela Rússia e manifestaram o seu apoio à Polónia, sublinhando que os aliados “devem trabalhar em conjunto”.
ZAP // Lusa
Guerra na Ucrânia
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10 Setembro, 2025 Drones russos invadem espaço aéreo polaco. Pela primeira vez, Varsóvia atacou
Eu não sou fã da Turquia, mas podíamos aprender uma coisa ou duas…. 24 Novembro, 2015
26 Novembro, 2015
Turquia abateu caça russo, piloto capturado por rebeldes sírios
E nunca mais violou o espaço aéreo turco.
Os Russos não tem capacidade militar para uma guerra com a Nato e eles sabem disso. O único confronto será pela via nuclear onde perdemos todos. E continuamos com estes políticos mediocres a querer provocar esta guerra. Se eu não faço questão de morrer pela palestina onde o conflito é muito mais grave, porque é que corremos o risco de morrermos pela Ucrânia. Quando é que as pessoas acordam e abrem os olhos para se deixarem de manipular por estes belicistas.
“…palestina onde o conflito é muito mais grave, porque é que corremos o risco de morrermos pela Ucrânia”
Oh Alzira, vai para a cozinha.
Só um reparo, na legenda refere caças MIG-29 e na realidade são 3 caças distintos F-16, Eurofighter Typhoon e Saab Gripen
Ó Alzira, na Ucrânia já morreram mais de 1 milhão de pessoas e provocou a deslocação de maior número de pessoas do que Israel tem de habitantes. De que forma é que o conflito Palestiniano é mais grave??
E quem são os políticos que nos querem «empurrar» para uma guerra nuclear? Não conheço nenhum. Ajude-nos a identificar esses malfeitores…
Fazia falta umas petardas nos jardins em frente aos edifícios de habitação dos burocratas em moscovo